Segundo Ze’ev Ronai, autor sênior da pesquisa, a intenção é que o SBI-756 seja usado com medicamentos já prescritos contra o melanoma. “Uma questão importante que limita a eficácia de terapias atuais é que esses tumores se tornam resistentes ao tratamento. A combinação das drogas que têm o melanoma a partir de ângulos diferentes pode ajudar a ultrapassar esse problema”, aposta.
Mutação genética
Quase a metade dos melanomas é causada por mutações no gene BRAF. Pacientes com a doença normalmente são tratados com vemurafenib, uma substância inibidora do BRAF. Os cientistas detectaram, em ratos, que a administração conjunta de vemurafenib e SBI-756 fez com que os tumores desaparecessem e não retornassem.
Nos Estados Unidos, onde foi feita a pesquisa, 5 milhões de pessoas são tratadas anualmente por câncer de pele, sendo que 9 mil morrem em decorrência do melanoma. Aqui no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que esse tipo de carcinoma seja detectado em 5.670 pessoas — sendo 3 mil homens e 2.670 mulheres — no ano que vem. Os dados mais recentes sobre o número de óbitos são de 2013: 1.559 vítimas..