A higiene bucal é um fator de suma importância para a saúde das pessoas. Caso não seja feita corretamente, o indivíduo poderá sofrer uma série de doenças, desde cárie, inflamações, infecções, até outras patologias mais sérias, como problemas cardíacos, entre outros. Diante disso, especialistas reforçam a importância de escovar bem os dentes após as refeições. O primeiro passo é usar o fio dental, escovar os dentes e a língua com uma pasta dental que contenha flúor e, posteriormente, fazer o uso de um enxaguante bucal sem álcool.
A cirurgiã-dentista Rosana de Lima Gropen alerta que o cuidado com os dentes deve começar quando os bebês ainda estão no ventre das mães, o que é feito durante a gravidez por meio de um acompanhamento odontológico com profilaxia ou prevenção, popularmente conhecida como limpeza odontológica, com aplicação tópica de flúor, inspeção de rotina de saúde oral, orientações e educação para a saúde. “Na amamentação no peito materno, hoje reconhecida como muito importante para o bebê, observa-se que a sucção exerce papel primordial na formação dos maxilares, bem como articulações, musculatura de cabeça e pescoço”, salienta.
Rosana observa que as visitas ao dentista devem se iniciar cedo, ou seja, assim que os dentes começarem a irromper na boca. A partir daí, de seis em seis meses deve-se consultar o dentista para avaliação do nascimento dos dentes, crescimento dos arcos dentários e, principalmente, prevenir a ocorrência das cáries por meio do uso do fio dental e da escovação correta, ensinada pelo dentista. São agendados retornos regulares para prevenção com a aplicação do flúor. “Quando se inicia o processo de substituição da dentição decídua pela permanente, em geral em torno dos 6 anos, uma avaliação com o ortodontista se faz necessária para avaliar e programar a necessidade ou não do uso de aparelhos para alinhar os dentes e deixar os arcos com dimensionamento correto. Nesse período, as limpezas devem ser intensificadas, pois a dificuldade com os cuidados diários cresce, principalmente com a chegada da adolescência.”
A especialista diz que a prevenção é o mais importante para ter dentes saudáveis, porque ajuda a evitar as cáries e as doenças gengivais e ósseas, que podem prejudicar muito o indivíduo adulto. “Portanto, além da higiene correta dos dentes, é fundamental ter uma dieta balanceada, evitando-se o consumo excessivo de doces, balas e refrigerantes, evitar o cigarro e consultar o dentista regularmente. Os tratamentos evoluíram e estão disponíveis recursos para recuperar os dentes que já foram danificados por meio de implantes, facetas ou lentes de contato de porcelana. Muitas vezes, é necessário procurar vários dentistas com especialidades diferentes para conseguir um bom resultado final. Alguns fatores, como beber pouco líquido, comer muita gordura e proteína animal ou comida muito temperada, fumar, tomar bebidas alcoólicas com frequência (mais de duas vezes por semana), ficar muitas horas sem se alimentar, respirar pela boca, ter diabetes, sentir a boca seca com frequência, não usar fio dental com frequência e não higienizar a língua durante a escovação (saburra lingual), podem ocasionar a halitose.”
DISCIPLINA
A cirurgiã-dentista Ivana Ávila acredita que o sorriso seja o cartão de visita de todos os indivíduos, pois quem tem dentes bonitos ri e se expõe mais. Porém, é necessário manter a saúde bucal em dia. É importante ter essa disciplina de escovação desde o nascimento até a terceira idade (odontogeriatria). “A visita ao cirurgião-dentista deve ser feita de seis em seis meses para a remoção da placa bacteriana, avaliação de doença periodontal, câncer de boca, halitose e processo de cárie. Além disso, é importante salientar que os periodontopatógenos são transmitidos entre membros da família e colonizam a boca do individuo a partir dos 5 anos de idade”, ressalta Ivana. “A cárie é também uma doença transmissível, principalmente quando a fonte das bactérias cariogênicas é a própria mãe que transmite para os filhos, além disso, a mamadeira noturna cria um hábitat favorável para multiplicação desses patógenos. Nas demais pessoas, é recomendado a escovação e o uso de fio dental, após todas refeições, pois os alimentos que contêm açúcar e amido são transformados pela bactéria em ácidos que desmineralizam os dentes, formando a cárie.”
A especialista salienta que as doenças periodontais (gengivite e periodontites) estão relacionadas à má higiene oral, falta de remoção da placa bacteriana e demais problemas sistêmicos, como diabetes, fatores hormonais, fatores imunológicos, fumo e estresse. “Podem acometer crianças, adolescentes (periodontite juvenil) e gestantes (gengivite gravídica). Os sintomas são: halitose, hiperplasia gengival, mobilidade dos dentes e complicações sistêmicas (cardiovasculares, isquêmicas, encefálicas, hepáticas e endócrinas).
Ivana ressalta que uma doença que vem aumentando a incidência nos consultórios é o câncer de boca, que inclui as patologias malignas do lábio, língua, gengiva, assoalho da boca, palato mole, glândulas salivares e orofaringe. “Está entre as principais causas de óbito na odontologia, uma vez que mais de 50 % dos casos têm diagnóstico tardio. Os principais fatores de risco são cigarro, bebida alcoólica, higiene bucal precária, HPV (papiloma vírus humano) e exposição excessiva à luz UV. O importante é a detecção precoce, a partir da avaliação minuciosa do cirurgião-dentista.”
ESTÉTICA
Quanto aos procedimentos estéticos, Ivana enfatiza o clareamento a laser feito no consultório e o caseiro, facetas de porcelana e lentes de contato usadas em pacientes com diastemas, dentes com alteração da cor e restaurações em cerâmicas. Para o alinhamento dos dentes, o mercado oferece aparelhos ortodônticos estéticos que são colocados na região lingual dos dentes ou com a utilização de bráquetes transparentes. E, por fim, os implantes (terceira dentição), que são peças de titânio ou cerâmica que reproduzem as raízes. “São implantados no osso e ajudam a resolver os problemas de pessoas desdentadas, com prótese sobre implante. Sendo assim, é importante ressaltar a necessidade de fazer o controle da saúde bucal no consultório do seu cirurgião-dentista regularmente.”
Mas a questão não para por aí, porque a colocação de aparelhos também é muito importante quando necessário. O ortodontista Roberto Márcio de Barros Vieira explica que os aparelhos ortodônticos são artefatos usados para a correção de problemas oclusais (encaixe ou posição dos dentes) e/ou faciais. “São vários os tipos. Cada um é específico para cada tratamento. E o aparelho indicado para cada caso é determinado pelo ortodontista. Basicamente, podem ser móveis (quando podem ser removidos pelo paciente) ou fixos (quando são colados aos dentes). No grupo dos removíveis, temos os aparelhos ortopédicos (que atuam nos ossos da face), os auxiliares do aparelho fixo (extra-bucal ou freio de burro, mentoneira, máscara facial), placas para pequenas correções dentárias, placas para relaxamento muscular, além dos moderníssimos alinhadores invisíveis (que são placas semelhantes às de clareamento que fazem as correções ortodônticas)”, salienta Roberto.
A boca que tem um bom posicionamento dentário e uma boa função oclusal certamente estará livre de vários problemas. “Quando os dentes estão muito apinhados (encavalados), a escovação fica prejudicada, além de ficar um ambiente favorável à formação do tártaro. Quando os dentes não se encaixam (ou se desencaixam) de uma forma harmônica e sem trauma (sem 'bater' um dente no outro), os ossos próximos a esses dentes podem sofrer desgaste, causando a chamada perda óssea e até quebra dos dentes. A falta de um bom encaixe pode causar, também, danos às articulações têmporo-mandibulares (ATM) que ficam próximas aos ouvidos. Esses problemas, às vezes, podem ser confundidos com otites (inflamações nos ouvidos)”, alerta o ortodontista.
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A especialista diz que a prevenção é o mais importante para ter dentes saudáveis, porque ajuda a evitar as cáries e as doenças gengivais e ósseas, que podem prejudicar muito o indivíduo adulto. “Portanto, além da higiene correta dos dentes, é fundamental ter uma dieta balanceada, evitando-se o consumo excessivo de doces, balas e refrigerantes, evitar o cigarro e consultar o dentista regularmente. Os tratamentos evoluíram e estão disponíveis recursos para recuperar os dentes que já foram danificados por meio de implantes, facetas ou lentes de contato de porcelana. Muitas vezes, é necessário procurar vários dentistas com especialidades diferentes para conseguir um bom resultado final. Alguns fatores, como beber pouco líquido, comer muita gordura e proteína animal ou comida muito temperada, fumar, tomar bebidas alcoólicas com frequência (mais de duas vezes por semana), ficar muitas horas sem se alimentar, respirar pela boca, ter diabetes, sentir a boca seca com frequência, não usar fio dental com frequência e não higienizar a língua durante a escovação (saburra lingual), podem ocasionar a halitose.”
DISCIPLINA
A cirurgiã-dentista Ivana Ávila acredita que o sorriso seja o cartão de visita de todos os indivíduos, pois quem tem dentes bonitos ri e se expõe mais. Porém, é necessário manter a saúde bucal em dia. É importante ter essa disciplina de escovação desde o nascimento até a terceira idade (odontogeriatria). “A visita ao cirurgião-dentista deve ser feita de seis em seis meses para a remoção da placa bacteriana, avaliação de doença periodontal, câncer de boca, halitose e processo de cárie. Além disso, é importante salientar que os periodontopatógenos são transmitidos entre membros da família e colonizam a boca do individuo a partir dos 5 anos de idade”, ressalta Ivana. “A cárie é também uma doença transmissível, principalmente quando a fonte das bactérias cariogênicas é a própria mãe que transmite para os filhos, além disso, a mamadeira noturna cria um hábitat favorável para multiplicação desses patógenos. Nas demais pessoas, é recomendado a escovação e o uso de fio dental, após todas refeições, pois os alimentos que contêm açúcar e amido são transformados pela bactéria em ácidos que desmineralizam os dentes, formando a cárie.”
A especialista salienta que as doenças periodontais (gengivite e periodontites) estão relacionadas à má higiene oral, falta de remoção da placa bacteriana e demais problemas sistêmicos, como diabetes, fatores hormonais, fatores imunológicos, fumo e estresse. “Podem acometer crianças, adolescentes (periodontite juvenil) e gestantes (gengivite gravídica). Os sintomas são: halitose, hiperplasia gengival, mobilidade dos dentes e complicações sistêmicas (cardiovasculares, isquêmicas, encefálicas, hepáticas e endócrinas).
Ivana ressalta que uma doença que vem aumentando a incidência nos consultórios é o câncer de boca, que inclui as patologias malignas do lábio, língua, gengiva, assoalho da boca, palato mole, glândulas salivares e orofaringe. “Está entre as principais causas de óbito na odontologia, uma vez que mais de 50 % dos casos têm diagnóstico tardio. Os principais fatores de risco são cigarro, bebida alcoólica, higiene bucal precária, HPV (papiloma vírus humano) e exposição excessiva à luz UV. O importante é a detecção precoce, a partir da avaliação minuciosa do cirurgião-dentista.”
ESTÉTICA
Quanto aos procedimentos estéticos, Ivana enfatiza o clareamento a laser feito no consultório e o caseiro, facetas de porcelana e lentes de contato usadas em pacientes com diastemas, dentes com alteração da cor e restaurações em cerâmicas. Para o alinhamento dos dentes, o mercado oferece aparelhos ortodônticos estéticos que são colocados na região lingual dos dentes ou com a utilização de bráquetes transparentes. E, por fim, os implantes (terceira dentição), que são peças de titânio ou cerâmica que reproduzem as raízes. “São implantados no osso e ajudam a resolver os problemas de pessoas desdentadas, com prótese sobre implante. Sendo assim, é importante ressaltar a necessidade de fazer o controle da saúde bucal no consultório do seu cirurgião-dentista regularmente.”
Mas a questão não para por aí, porque a colocação de aparelhos também é muito importante quando necessário. O ortodontista Roberto Márcio de Barros Vieira explica que os aparelhos ortodônticos são artefatos usados para a correção de problemas oclusais (encaixe ou posição dos dentes) e/ou faciais. “São vários os tipos. Cada um é específico para cada tratamento. E o aparelho indicado para cada caso é determinado pelo ortodontista. Basicamente, podem ser móveis (quando podem ser removidos pelo paciente) ou fixos (quando são colados aos dentes). No grupo dos removíveis, temos os aparelhos ortopédicos (que atuam nos ossos da face), os auxiliares do aparelho fixo (extra-bucal ou freio de burro, mentoneira, máscara facial), placas para pequenas correções dentárias, placas para relaxamento muscular, além dos moderníssimos alinhadores invisíveis (que são placas semelhantes às de clareamento que fazem as correções ortodônticas)”, salienta Roberto.
A boca que tem um bom posicionamento dentário e uma boa função oclusal certamente estará livre de vários problemas. “Quando os dentes estão muito apinhados (encavalados), a escovação fica prejudicada, além de ficar um ambiente favorável à formação do tártaro. Quando os dentes não se encaixam (ou se desencaixam) de uma forma harmônica e sem trauma (sem 'bater' um dente no outro), os ossos próximos a esses dentes podem sofrer desgaste, causando a chamada perda óssea e até quebra dos dentes. A falta de um bom encaixe pode causar, também, danos às articulações têmporo-mandibulares (ATM) que ficam próximas aos ouvidos. Esses problemas, às vezes, podem ser confundidos com otites (inflamações nos ouvidos)”, alerta o ortodontista.