Pac Man, mochilas da Company, roupas da Pakalolo e Rato de Praia marcaram uma geração de Anas Paulas, Adrianas, Vanessas, Simones e Alexandres. Depois sumiram, absorvidos pelas mudanças da moda ou novidades tecnológicas. O Atari, um dos primeiros videogames da época, já é considerado peça de colecionador dos anos 1980. Assim como fofoletes e aquaplays. O que dizer, então, dos nomes de quem manipulava esses brinquedos?
Certamente, quem tem 30 anos – ou um pouco mais – tem uma amiga de infância chamada Cláudia ou um Eduardo entre os colegas de primário (hoje ensino fundamental). Afinal de contas, esses nomes eram muito comuns naquela época, mas perderam o encanto nos dias atuais.
Especialistas afirmam que muitos nomes são como moda, seguem tendências e influências que variam conforme o momento. Outros fazem parte da cultura de um país. Milhares de Anas Júlias surgiram a partir de 1999, depois do sucesso arrebatador do grupo Los Hermanos.
Antes delas, as donas dos cartórios eram as Lucianas, que dominavam os corações dos papais, inspirados pela Cantiga por Luciana, sucesso de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós, nos idos 1969. Muitas Sandras surgiram depois que Sidney Magal cantou (e bailou!) Sandra Rosa Madalena, em 1979.
E há quem se inspire nos craques do futebol. Normalmente, os meninos nascidos em época de Copa do Mundo ganham logo o nome do craque do momento. Pouco antes de o Mundial do Brasil começar, no ano passado, a proScore, empresa de análise de crédito, analisou 180 milhões de CPFs no país inteiro e descobriu que Pelé não tem só um, como pensávamos, mas dois: o Rei do Futebol e um outro brasileiro, que teve o apelido do craque transformado em nome. Já Edson Arantes do Nascimento há mais 55, além do próprio.
Depois que Pelé virou uma marca registrada, não pôde ser mais utilizado como primeiro nome. Mas, como brasileiro dá jeitinho em tudo, 49 crianças tiveram o apelido agregado ao sobrenome, segundo comentou Mellissa Penteado, CEO da empresa. Roberto Rivellino, tricampeão em 1970, e Franz Beckenbauer, campeão com a Seleção Alemã em 1974, também são alguns dos nomes preferidos.
SEIS CRAQUES Depois da Copa do México, em 1986, vencida pela Argentina, quem ganhou lugar de destaque nos cartórios foi Diego Armando Maradona. A partir daí, 31 meninos foram registrados como Maradona da Silva. O levantamento ainda mostrou que há, no país, 26 Diegos Armando Maradona acrescidos do sobrenome da família. Cláudio Taffarel, goleiro titular do Brasil durante três Mundiais, também tem o seu sobrenome transformado em nome por mais de 100 brasileiros.
E quando alguém resolve homenagear seis craques de uma só vez? Um garoto, nascido em Manaus em 19 de julho de 1971, virou Tospericargerja. O nome, inventado pelo pai, foi inspirado em Tostão, Pelé, Rivellino, Carlos Alberto, Gérson e Jairzinho, todos campeões da Copa de 1970. E garantiu anos de constrangimento ao menino. Especialmente na escola.
Certo é, tendência ou resultado da cultura de um povo, o nome tem valor significativo na vida das pessoas. É o registro de uma personalidade feito por um terceiro. E, por assim ser, deve ser bastante pensado para evitar que o dono dele tenha problemas durante a vida toda.
Combinação nem sempre eficaz
Na casa de dona Elite e seu Aldemar, já falecido, três dos quatro filhos têm nomes significativos. Ou melhor, que foram criados para homenagear alguém importante na história de vida do casal. O primogênito – e único menino – foi registrado Roberto Rivellino Carvalho Amorim. Seu Aldemar era corintiano e queria homenagear o craque do time do coração, que seria campeão do mundo com a Seleção em 1970, no México.
Por se chamar Roberto, o garoto nunca teve muito problema com o nome. A irmã, Eulana, batizada assim para homenagear as avós materna e paterna, Eulália e Ana, respectivamente, também não. Quem mais sofreu foi Aldelite, a terceira filha. Seu nome é resultado da junção das duas primeiras sílabas do nome do pai e das duas últimas do nome da mãe. “Na escola, até que não tive problema, porque todos sabiam que eu era muito briguenta. Todos sabiam que, se falassem mal do meu nome, se tentassem fazer piadinha, eu não deixaria por menos”, conta.
Ela afirma que, quando era criança, o nome nunca lhe soou diferente, porque acabou se acostumando. Mas acredita que, se tivesse permanecido em Pavão, no Vale do Mucuri, onde nasceu, a situação seria mais complicada. “Sou do interior e lá o povo rotula. Como não têm muito o que fazer, fazem piadinha, criam apelidos...”
BOM HUMOR Quando entrou no mercado de trabalho, a situação mudou. Ficou um pouco mais complicada por causa da pronúncia, segundo Aldelite. Mas ela sempre contornou a situação com bom humor. “Quando ligava para pedir um orçamento, por exemplo, tinha de repetir umas cinco vezes o meu nome. E ainda tinha aquela história: 'O quê? Orelite?', daí eu respondia: 'Se passar de R$ 20 mil, você pode me chamar de Orelite! Então, optei por transformar o Aldelite em Alde para facilitar a comunicação.”
Ainda assim, Alde não escapa das brincadeiras: “Vêm sempre com a história do carro. 'É A3?'. 'Não, amigo, é A8', respondo logo assim”, relata.
Em pesquisa no Facebook, Aldelite descobriu que há outras duas pessoas com o mesmo nome. Uma mora em São Paulo e outra, no Nordeste. “Tenho mais contato com a de São Paulo, e os nomes delas, ambas mulheres, foram escolhidos também para homenagear alguém.”
Terminados com 'ane'
Já na casa de dona Célia, todas as meninas são “ane”. Liziane nasceu primeiro. O nome foi inventado pelo pai, Tarcísio, fã de Liza Minelli. Ele conta que, na época, a atriz norte-americana era um sucesso arrebatador com o filme Cabaret, de 1972. A filha nasceu em 1974 e, não bastasse a junção dos dois nomes, ainda ganhou de presente um segundo nome de santa: Aparecida. Era promessa feita pela mãe, que havia sofrido três abortos anteriormente.
Depois, no ano seguinte, nasceu Silviane, uma adaptação de Silvana, segundo a própria dona do nome afirma: “Mamãe queria alguma coisa com “ane” para combinar com Liziane. Então, fez uma adequação.”
Silviane também é Cecília, em homenagem à avó materna. “São nomes que não combinam muito, mas eu gosto, por causa da vovó, que tinha muito carinho por mim.”
Embora diferentes, os nomes das irmãs não são tão estranhos quanto outros que vemos Brasil afora. “Até que demos sorte, porque papai queria que chamássemos Tulipa e Tulipiana! Obviamente, a minha mãe não deixou”, acrescenta Silviane, que também é chamada de Silvinha e Vivinha pelos amigos mais próximos.
PRONÚNCIA O terceiro filho nasceu homem e recebeu o nome do pai. “Se Juninho fosse mulher, seria Cristiane para não quebrar a corrente”, afirma.
Silviane e a irmã nunca tiveram problema com o nome na infância. “Agora, na fase adulta, é que é mais difícil, mas nada que seja muito complicado. Geralmente, as pessoas confundem a pronúncia, vivem dizendo meu nome errado, o mais comum é Silvaine, mas nunca fiquei chateada. Para ser bem sincera, nem corrijo.”
Nomes esdrúxulos
Abrilina Décima Nona Caçapavana Piratininga de Almeida
Aeronauta Barata
Agrícola Beterraba Areia
Agrícola da Terra Fonseca
Alma de Vera
Amazonas Rio do Brasil Pimpão
América do Sul Brasil de Santana
Amin Amou Amado
Antônio Morrendo das Dores
Antonio Noites e Dias
Antônio Querido Fracasso
Antonio Treze de Junho de Mil Novecentos e Dezessete
Aricléia Café Chá
Bandeirante do Brasil Paulistano
Benedito Autor da Purificação
Céu Azul do Sol Poente
Chevrolet da Silva Ford
Colapso Cardíaco da Silva
Deus Magda Silva
Deus É Infinitamente Misericordioso
Ernesto Segundo da Família Lima
Esparadrapo Clemente de Sá
Faraó do Egito Sousa
Felicidade do Lar Brasileiro
Hypotenusa Pereira
Ilegível Inilegível
Janeiro Fevereiro de Março Abril
Liberdade Igualdade
Fraternidade Nova York Rocha
Maria Privada de Jesus
Napoleão Sem Medo e Sem Mácula
Natal Carnaval
Oceano Atlântico Linhares
Placenta Maricórnia da Letra Pi
Sete Chagas de Jesus e Salve Pátria
Simplício Simplório da Simplicidade Simples
Um Dois Três de Oliveira Quatro
Um Mesmo de Almeida
Universo Cândido
Os irmãos Epílogo, Verso, Estrofe, Poesia e Pessoína Campos.
As irmãs Xerox, Autenticada e Fotocópia
Os irmãos Cedilha, Vírgula, Cifra e Ponto
As irmãs Defuntina e Finadina.
As irmãs Dialinda e Noitelinda.
Os irmãos Rebostiana e Euscolástico.
Os irmãos Creio Em Deus Pai Kramer e Espírito Santo Riograndense Kramer
Fonte: Lista divulgada pelo extinto INPS na década de 1980 e pesquisas em cartórios realizadas por autores de livros especializados
Bíblicos terão sempre seu lugar
Amora é nome de fruta. Mas é nome de gente também. Pensando assim, o auxiliar administrativo Márcio Silveira Lopes deu esse nome à filha, há cinco anos. Mas demorou nove meses, mais que o período gestacional da criança, que é prematura, para registrar a filha. A luta para dar à menina o nome que ele e a esposa escolheram foi parar na Justiça de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, em 2011, e teve um final feliz.
A escolha foi uma homenagem ao cantor Gonzaguinha, que tinha uma filha com o mesmo nome, a atriz e cantora Amora Pera. A artista, inclusive, enviou e-mails de incentivo à mãe da menina, Tatiana Motta Lopes, à época.
A polêmica em torno do nome começou em agosto de 2010, quando o cartório da cidade do Alto Paranaíba recusou-se a registrar o bebê. O Ministério Público Estadual também foi contra, alegando que Amora, combinado ao sobrenome Motta, poderia ser alvo de brincadeiras entre crianças na escola e causar constrangimentos. O promotor Hamilton Antônio Ramos afirmara que poderiam associá-la a marmota.
Passados nove meses do imbróglio judicial, a menina foi registrada Amora Lopes Motta por sugestão do juiz do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Cinco anos depois, Márcio não quis se alongar sobre o ocorrido. Por meio do advogado que cuidou do caso, Cleanto Francisco Braz, resumiu que a filha é uma criança muito feliz e já tem uma irmãzinha recém-nascida chamada Flora.
O problema que o casal de Patos de Minas enfrentou é bem peculiar. A lei brasileira estabelece a recusa de registros de prenomes que possam, de alguma forma, ridicularizar a pessoa. De qualquer forma, vai depender da subjetividade, de acordo com a especialista em onomástica – ciência que estuda os nomes próprios – Maria Cândida Trindade Costa de Seabra, professora e pesquisadora da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais.
REFERÊNCIA “O que a lei estabelece é que se devam recusar prenomes, quando do registro, que ridicularizem a pessoa. Isso leva a que a aprovação de uma infinidade de nomes no cartório seja muito subjetiva, dependa da opinião de quem trabalha lá. O critério que a maioria dos cartórios usa é que se comprove que esse nome existe, por meio da sua referência em qualquer documento, como enciclopédias, livros e internet, no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo”, acrescenta.
A especialista explica que, antigamente, os cartórios não registravam nomes grafados de forma incorreta. “Eles tinham uma cartilha para consultar e corrigiam antes de escrever na certidão de nascimento. Atualmente, os pais são os únicos responsáveis pelo nome que vão dar aos filhos.”
Tendência segue em 2016
Depois de analisar 45 mil nomes de bebês do sexo masculino e 42 mil do sexo feminino registrados em todo o Brasil, o site BabyCenter Brasil concluiu que os nomes mais usados pelos brasileiros em 2014 foram Miguel e Sophia. É o segundo ano seguido que esses nomes lideram o ranking da página. Baseado nisso e em registros dos anos anteriores, a tendência deve ser a mesma no ano que vem.
Os 10 mais de 2014
Meninos
1) Miguel
2) Davi
3) Arthur
4) Pedro
5) Gabriel
6) Bernardo
7) Lucas
8) Matheus
9) Rafael
10) Heitor
Meninas
1) Sophia
2) Alice
3) Julia
4) Isabella
5) Manuela
6) Laura
7) Luiza
8) Valentina
9) Giovanna
10) Maria Eduarda
Este ano, é possível encontrar por aí...
Meninas
Sofia, Valentina, Júlia, Alice, Manuela, Gabriela, Fernanda, Yasmin, Isabel, Bianca, Laura, Ágata, Isadora, Melissa, Bruna, Marina, Juliana, Sabrina, Priscila, Ana, Clara, Eduarda, Bárbara, Betina, Marcela, Elisa, Vanessa, Tatiana, Rafaela, Larissa e Vitória
Meninos
Gabriel, Miguel, Yuri, Henrique, Gustavo, Lorenzo, Guilherme, Bryan, Davi, Daniel, Mateus, Lucas, Eduardo, Nicolas, Igor, Felipe, Bruno, Willian, Henry, Alexandre, Rodrigo, Marcelo, Fábio, Vinícius, Yan, Alex, Vítor, Thiago, Diogo, Maurício e Kevin.
Nomes perenes, modismos e afins
Há nomes que são como roupas, caem no gosto popular de tempos em tempos. Outros nunca saem de moda, são os chamados perenes. Os nomes da moda seguem tendências, especialmente da televisão, do cinema e dos livros. “Na sociedade, existem picos de nomes simples e complicados. Há poucos anos, quanto mais letras dobradas, sem valor fonético, como o “h”, ou pouco usadas, como “y” e “w”, melhor era o nome. Hoje, os simples estão em alta. E os nomes dos filhos de artistas de TV têm influenciado a escolha.”
Na maioria das vezes, os nomes próprios são escolhidos pelos modismos atuantes no momento do que pela preocupação com o seu significado, segundo a pesquisadora. “Assim sendo, eles designam as pessoas, mas não indicam nem implicam nenhum atributo como pertencente a essas pessoas, diferentemente do que ocorre com os objetos. Quando se nomeia um objeto, o nome indica o que ele significa, como cadeira por exemplo.”
A onomástica estuda, justamente, esses fenômenos. O objetivo é descortinar os significados que se perderam e, também, conhecer as sociedades, de acordo com a professora e pesquisadora da UFMG Maria Cândida. “Em uma cidade do interior, que não tenha sofrido muita influência da globalização, por exemplo, vamos perceber a existência de muitas pessoas mais idosas com nomes de santo. As pessoas eram motivadas pela Folhinha Mariana. Quando a criança nascia, recebia o nome do santo daquele dia.”
Na década de 1960, era muito comum o nome de Elizabeth, motivado pela subida ao trono da rainha Elizabeth, na Inglaterra, segundo Maria Cândida. “Jaqueline também era um dos preferidos, em razão da admiração por Jacqueline Kennedy Onassis, viúva do presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy”, acrescenta.
Os nomes perenes são, principalmente, os bíblicos, como Lucas, Pedro, João, Marcos, Maria, José e Davi. E ainda os tradicionais nomes de reis, como Henrique, Luís e Carlos.
Os nomes também seguem tendências da modernidade, segundo a pesquisadora. “A Socorro virou Vitória. Antigamente, a criança que nascia de um parto difícil recebia o nome de Maria do Socorro. Hoje, ela é Maria Vitória.”
Na opinião da professora, os estrangeirismos devem ser evitados na hora de escolher o nome do filho. Caso contrário, em vez de traduzir o nome, a grafia deve ser respeitada.
CONSTRANGIMENTO Recentemente, Bela Gil, filha do cantor e compositor Gilberto Gil, e o marido, JP Demasi, anunciaram que pretendem dar ao bebê que ela espera o nome de Jiló, se for um menino. Se for menina, chamará Violeta. Parece brincadeira do casal natureba, mas o pai da criança afirma, categoricamente, que não. Seria uma homenagem ao pai da apresentadora, que tinha esse apelido quando jovem. Verdade ou não, o nome será motivo de muito constrangimento no futuro. Nesse caso, o cartório pode se recusar a registrá-lo.
Orgulho por ser diferente
Farnésio Antônio de Assis Leite. Não. Não se trata de um senhor de 70 anos, mas de um garoto lindo, cheio de vida e muito bem articulado, de apenas 12 anos. O nome duplo é herança dos avós materno e paterno, e motivo de orgulho para o menino, que nunca se sentiu constrangido com os deboches dos colegas da escola. “Tenho orgulho do meu nome, é o nome do pai da minha mãe, que morreu há uns quatro anos, e do meu avô paterno, que morreu antes mesmo de meu pai conhecer a minha mãe”, conta.
E não faltaram apelidos desde que Farnésio entrou na escola. Ele está no 6º ano do ensino fundamental e contorna o problema com a sabedoria que falta a muito adulto. “Já me chamaram de tudo, de farmácia, farinha, ferramenta... E eu não faço nada. Acho que violência não vai resolver coisa alguma. Então, prefiro deixá-los falando sozinhos.”
Farnésio afirma que é “um menino de vida simples”. É filho único, dedicado aos estudos e tem muitos amigos. Farnésio é sobrenome do ducado de Parma e Placência, um estado que existiu na Península Itálica, de 1545 a 1860. O pai do menino, o jornalista Heraldo Leite, já havia pesquisado. “Queria mesmo que ele tivesse um nome diferente, longe dos modismos que a gente vê hoje em dia. Tem muito nome que é por causa de novela, artista de cinema... e esses meninos acabam sofrendo, justamente, por causa disso.”
Heraldo conta que sempre se deu muito bem com o sogro, que era saxofonista, e dar o nome dele ao filho foi uma forma de homenageá-lo. “Ele nem acreditou muito. Tivemos de mostrar a certidão de nascimento. E nunca quis que chamássemos o nosso filho de Farnesinho!”.
Farnésio, o neto, mostra-se um pré-adolescente muito bem resolvido e vai começar a seguir os passos do avô. “Era um desejo dele que Farnésio seguisse seus passos na música. Deixou para ele o saxofone e já estamos procurando algum lugar para ele ter iniciação musical”, conta o jornalista