Dois casos de microcefalia registrados recentemente na cidade de São Paulo estão sendo investigados por poderem ter relação com o vírus Zika, mas, em ambos, as mulheres apresentaram sintomas da doença no início da gravidez, quando ainda moravam no Nordeste. O secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, disse que a população precisa reforçar o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite tanto o vírus Zika quanto a dengue, pois a dengue é potencialmente mais grave para uma gestante do que o vírus Zika.
O secretário disse que, para as gestantes ou mulheres que desejam engravidar, é preciso reforçar os cuidados, principalmente dentro de casa, combatendo os criadouros do mosquito. “Mais de 80% dos focos de dengue na cidade de São Paulo está dentro da casa das pessoas”, disse. Também é importante que a gestante faça sempre o pré-natal adequado desde o início da gravidez.
"Em relação às mulheres, tanto as gestantes quanto quem pretende engravidar ou planejar a gravidez, o que tenho dito é que a dengue é potencialmente mais grave para uma gestante do que o vírus Zika. Temos relatos de óbitos de gestantes com dengue. Temos relatos de aborto no período de infecção por dengue e de comprometimento do feto. Uma gestante que pega dengue tem um risco maior de ter um caso grave de dengue. Quem é gestante ou planeja engravidar tem de saber que precisa ter cuidados redobrados em relação à dengue. Se tomar cuidados com relação à dengue, ela já estará tomando cuidados com relação ao vírus Zika e à chikungunya”.
Os dois casos de microcefalia registrados na capital paulista, segundo Padilha, são de gestantes vindas de Pernambuco e da Paraíba e que apresentaram sintomas de vírus Zika no início da gravidez, quando ainda moravam no Nordeste. Uma delas deu à luz na semana passada no Hospital Municipal Mário Degni, no Butantã, zona oeste da capital. A outra recebeu o diagnóstico de microcefalia em um exame de imagem.
“As duas têm história clínica sugestiva no início da gravidez, muito antes de virem para São Paulo e por isso há a suspeita”, disse o secretário. No entanto, ele alertou que não há risco de que elas possam transmitir a doença para outras pessoas em São Paulo. “Não existe ligação possível delas [as gestantes] serem transmissoras do vírus Zika para a cidade de São Paulo, porque o período de epidemia é muito curto”, disse.
Segundo o secretário, São Paulo não registrou aumento no número de casos de microcefalia na cidade em 2015. A cidade costuma registrar entre 10 e 15 casos a cada ano e, neste ano, foram notificados 12 casos, o que ele considera dentro da média.
Quanto aos casos de vírus Zika, Padilha disse que a cidade de São Paulo ainda não recebeu nenhuma notificação de transmissão. “Tivemos três casos confirmados de vírus Zika na cidade de São Paulo e foram de pessoas que adquiriram em outros estados do país, sobretudo na Região Nordeste. Temos sete casos que estavam em investigação e não houve confirmação”, disse.
O secretário alerta que, mesmo que ainda não tenha ocorrido a transmissão de vírus Zika na cidade, é importante sempre combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite tanto a dengue quanto o vírus Zika. “Toda cidade que tem o mosquito do Aedes aegypiti tem risco de ter transmissão do vírus Zika e do chikungunya. Por isso a importância de combate ao mosquito, que é a única forma de evitar casos de dengue, vírus Zika e chikungunya”, alertou.
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"Em relação às mulheres, tanto as gestantes quanto quem pretende engravidar ou planejar a gravidez, o que tenho dito é que a dengue é potencialmente mais grave para uma gestante do que o vírus Zika. Temos relatos de óbitos de gestantes com dengue. Temos relatos de aborto no período de infecção por dengue e de comprometimento do feto. Uma gestante que pega dengue tem um risco maior de ter um caso grave de dengue. Quem é gestante ou planeja engravidar tem de saber que precisa ter cuidados redobrados em relação à dengue. Se tomar cuidados com relação à dengue, ela já estará tomando cuidados com relação ao vírus Zika e à chikungunya”.
Os dois casos de microcefalia registrados na capital paulista, segundo Padilha, são de gestantes vindas de Pernambuco e da Paraíba e que apresentaram sintomas de vírus Zika no início da gravidez, quando ainda moravam no Nordeste. Uma delas deu à luz na semana passada no Hospital Municipal Mário Degni, no Butantã, zona oeste da capital. A outra recebeu o diagnóstico de microcefalia em um exame de imagem.
“As duas têm história clínica sugestiva no início da gravidez, muito antes de virem para São Paulo e por isso há a suspeita”, disse o secretário. No entanto, ele alertou que não há risco de que elas possam transmitir a doença para outras pessoas em São Paulo. “Não existe ligação possível delas [as gestantes] serem transmissoras do vírus Zika para a cidade de São Paulo, porque o período de epidemia é muito curto”, disse.
Segundo o secretário, São Paulo não registrou aumento no número de casos de microcefalia na cidade em 2015. A cidade costuma registrar entre 10 e 15 casos a cada ano e, neste ano, foram notificados 12 casos, o que ele considera dentro da média.
Quanto aos casos de vírus Zika, Padilha disse que a cidade de São Paulo ainda não recebeu nenhuma notificação de transmissão. “Tivemos três casos confirmados de vírus Zika na cidade de São Paulo e foram de pessoas que adquiriram em outros estados do país, sobretudo na Região Nordeste. Temos sete casos que estavam em investigação e não houve confirmação”, disse.
O secretário alerta que, mesmo que ainda não tenha ocorrido a transmissão de vírus Zika na cidade, é importante sempre combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite tanto a dengue quanto o vírus Zika. “Toda cidade que tem o mosquito do Aedes aegypiti tem risco de ter transmissão do vírus Zika e do chikungunya. Por isso a importância de combate ao mosquito, que é a única forma de evitar casos de dengue, vírus Zika e chikungunya”, alertou.