O Ministério da Saúde (MS) confirmou nesta terça-feira (24/11) 739 casos suspeitos de microcefalia, identificados em 160 municípios de nove estados. Pernambuco mantém-se com o maior número de casos da doença registrados, 487. Inicialmente, o ministério divulgou 268 em Pernambuco e 520 no total. Minutos depois, os dados oficiais foram atualizados.
É a primeira vez que o MS registra ocorrência fora do Nordeste. Foi notificado em Goiás um bebê com microcefalia. A entida
O ministro Marcelo Castro iniciou a coletiva de imprensa do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa 2015) reforçando que o surto da doença que tem se espalhado pelo país é um caso inédito na literatura científica. "Não temos relatos e literaturas, nem ações em outros países que possam nos orientar nessa situação", declarou. A hipótese com a qual o MS trabalha é que o problema está relacionado à transmissão vertical do zika vírus da mãe para o bebê durante a gestação. Os dados divulgados foram coletados até 21 de novembro.
Segundo Castro é necessário “atacar de maneira efetiva o mosquito da dengue. As práticas de prevenção que vínhamos fazendo precisamos fazer com mais cuidado e envolvimento da sociedade", declarou. Para isso, o MS vai iniciar nesta semana uma campanha publicitária de combate ao Aedes aegypti. "Estamos agora com um problema potencializado, além da dengue e da chikungunya, temos o vírus zika", reforçou. Castro lembrou ainda que os mosquitos têm hábitos diurnos e costumam picar nas primeiras horas da manhã.
Microcefalia: números oficiais
A epidemia de microcefalia atinge principalmente o Nordeste. Pernambuco é o estado com mais casos registrados: 487. Em seguida vêm Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9) e Bahia (8) e Goiás (1). O MS notificou também um óbito suspeito no Rio Grande do Norte.
O ministro disse também que o surto de casos de microcefalia não se trata apenas de números, mas de vidas. “É um drama gravíssimo. Temos que ter compreensão do drama humano que estamos enfrentando, mas sem gerar um pânico desnecessário”, ressaltou.
Castro garantiu que manterá a população informada sobre os números da doença e pediu o envolvimento da sociedade no combate ao mosquito. "Nós temos um problema grande para resolver, que não será resolvido só pelo governo, precisa ser uma ação de toda sociedade", encerrou.
LIRAa 2015
Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participante, que representa um aumento de 22,4%. O resultado indica 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika.
O novo boletim epidemiológico do MS registrou 1,5 milhão de casos de dengue no país até 14 de novembro. O aumento em relação a 2014 é de 176%.
Também foram registrados no país em 2015, até 14 de novembro, 17.146 casos suspeitos de chikungunya, sendo 6.726 confirmados. Já em relação ao Zika, até esta terça feira (24/11), 18 estados tiveram confirmação laboratorial do vírus: Roraima, Pará, Amazona, Rondônia, Tocantins, Macapá, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná.
Campanha
A nova campanha de conscientização do Ministério da Saúde chama a atenção para importância da limpeza para eliminação dos focos do mosquito. "Sábado da faxina. Não dê folga para o mosquito da dengue" e "Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer" - reforçando que o Aedes transmite a chikungunya e a Zika - estão entre os slogans da ação.
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O ministro Marcelo Castro iniciou a coletiva de imprensa do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa 2015) reforçando que o surto da doença que tem se espalhado pelo país é um caso inédito na literatura científica. "Não temos relatos e literaturas, nem ações em outros países que possam nos orientar nessa situação", declarou. A hipótese com a qual o MS trabalha é que o problema está relacionado à transmissão vertical do zika vírus da mãe para o bebê durante a gestação. Os dados divulgados foram coletados até 21 de novembro.
Segundo Castro é necessário “atacar de maneira efetiva o mosquito da dengue. As práticas de prevenção que vínhamos fazendo precisamos fazer com mais cuidado e envolvimento da sociedade", declarou. Para isso, o MS vai iniciar nesta semana uma campanha publicitária de combate ao Aedes aegypti. "Estamos agora com um problema potencializado, além da dengue e da chikungunya, temos o vírus zika", reforçou. Castro lembrou ainda que os mosquitos têm hábitos diurnos e costumam picar nas primeiras horas da manhã.
Microcefalia: números oficiais
A epidemia de microcefalia atinge principalmente o Nordeste. Pernambuco é o estado com mais casos registrados: 487. Em seguida vêm Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9) e Bahia (8) e Goiás (1). O MS notificou também um óbito suspeito no Rio Grande do Norte.
O ministro disse também que o surto de casos de microcefalia não se trata apenas de números, mas de vidas. “É um drama gravíssimo. Temos que ter compreensão do drama humano que estamos enfrentando, mas sem gerar um pânico desnecessário”, ressaltou.
Castro garantiu que manterá a população informada sobre os números da doença e pediu o envolvimento da sociedade no combate ao mosquito. "Nós temos um problema grande para resolver, que não será resolvido só pelo governo, precisa ser uma ação de toda sociedade", encerrou.
LIRAa 2015
Realizado em outubro e novembro, o LIRAa teve adesão recorde para este período do ano, com 1.792 cidades participante, que representa um aumento de 22,4%. O resultado indica 199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya e zika.
O novo boletim epidemiológico do MS registrou 1,5 milhão de casos de dengue no país até 14 de novembro. O aumento em relação a 2014 é de 176%.
Também foram registrados no país em 2015, até 14 de novembro, 17.146 casos suspeitos de chikungunya, sendo 6.726 confirmados. Já em relação ao Zika, até esta terça feira (24/11), 18 estados tiveram confirmação laboratorial do vírus: Roraima, Pará, Amazona, Rondônia, Tocantins, Macapá, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná.
Campanha
A nova campanha de conscientização do Ministério da Saúde chama a atenção para importância da limpeza para eliminação dos focos do mosquito. "Sábado da faxina. Não dê folga para o mosquito da dengue" e "Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer" - reforçando que o Aedes transmite a chikungunya e a Zika - estão entre os slogans da ação.