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Com 2,5 a 10 microns de diâmetro - menor que o de um fio de cabelo -, essas partículas são chamadas de grossas. As finas são emitidas pelos tradicionais poluidores do ar. Os pesquisadores também estudaram a ligação delas com complicações respiratórias, mas não encontraram uma correlação considerável. “Esse trabalho fornece a evidência, pelo menos para a evolução das doenças cardiovasculares. Não sinto que precisamos de outro estudo para nos convencer. Agora, é hora de agir”, defende Roger D. Peng, líder do estudo e professor-associado de bioestatística da Escola Bloomberg.
Para chegar à conclusão, Peng e a equipe liderada por ele usaram dados da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos - uma rede de monitoramento das condições do ar - referentes a 110 grandes municípios urbanos. Essas informações foram combinadas com registros de internações nessas mesmas áreas entre 1999 e 2010 de pacientes com 65 anos ou mais.
Durante o período, houve 6,37 milhões de urgências cardiovasculares e 2,51 milhões de urgências respiratórias nos hospitais. Ao juntar os dados, os pesquisadores descobriram que os dias em que foram realizadas mais internações cardiovasculares foram justamente os com o registro de maiores níveis de partículas grossas na atmosfera. Segundo Peng, os resultados indicam que esse material entra no trato respiratório e pode provocar problemas sistêmicos. Os mecanismos que ele desencadeia no corpo, porém, ainda não são completamente compreendidos.