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OMS alerta que aumento da resistência aos antibióticos é perigo para a saúde mundial
Pesquisa revela que antibióticos têm menos eficiência depois de sessões de quimioterapia e cirurgias
Projeção para 2050 é que resistência a antibióticos vai matar 10 milhões de pessoas no mundo por ano
Antibióticos danificam o cérebro
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Resistência a antibióticos pode matar 10 milhões de pessoas por ano em 2050
O novo fenômeno de resistência diz respeito às polimixinas (colistina e polimixina B), antibióticos usados em último caso para superar as bactérias gram - (como Enterobacter, E. coli, Klebsellia pneumoniae), especialmente em pessoas com fibrose cística, ou em reanimação. Na China, a colistina é largamente usada na Medicina Veterinária.
Foi em exames de rotina realizados em porcos destinados à alimentação que Liu e seus colegas encontraram uma cepa de E. coli resistente à colistina e capaz de se propagar para outras cepas bacterianas.
Também encontraram bactérias resistentes a esse antibiótico em cerca de 1.300 pacientes hospitalizados em duas províncias do sul da China - Guangdong e Zhejiang.
Os pesquisadores descobriram que a bactéria E. coli encontrada nos porcos continha um novo gene, o "mcr-1", que pode se replicar e se transferir para outra bactéria facilmente, em especial para a Klebsiella pneumoniae, responsável por infecções respiratórias.
"É provável que a resistência à colistina provocada pelo gene mcr-1 tenha acontecido primeiro em animais, antes de se estender aos humanos", explica o professor Shen Jianzhong, um dos coautores do estudo.
A China é um dos maiores produtores e usuários de colistina, sobretudo, em Medicina Veterinária.
Embora a resistência à colistina se limite à China, por enquanto, ela pode alcançar escala mundial, advertem os autores da investigação. Os pesquisadores exigem uma "reavaliação rápida" do uso desse tipo de antibióticos.