saiba mais
Ministério da Saúde dá início à vacinação da segunda dose contra o HPV
Vilão do câncer de colo de útero, HPV ainda encontra barreiras para sua contenção
90% dos seres humanos já tiveram algum contato com o HPV, diz pesquisador
Vacinação de meninas contra HPV começa em 3 de abril no Brasil
MPF quer suspensão de vacinação contra o HPV em todo o país
"Consequentemente, não há razão para mudar a maneira como as vacinas são usadas e alterar as informações do produto", escreveu a EMA em comunicado.
A EMA deu início em julho a um estudo, encomendado pela Dinamarca, se duas síndromes raras, síndrome de dor regional complexa (SCDR) e síndrome de taquicardia postural ortostática (SPOT), poderiam estar ligadas às vacinas contra infecções por papilomavírus (HPV).
A SCDR é caracterizada por dor crônica que afeta os membros, enquanto que a SPOT é caracterizada pelo aumento da frequência cardíaca durante uma mudança de posição do corpo e associada à tontura, desmaio, dor de cabeça ou fraqueza.
O número de jovens mulheres de 10 a 19 anos desenvolvendo estas síndromes (cerca de 150 sobre um milhão anualmente para as duas síndromes) não é mais significativo entre as jovens vacinadas, segundo a EMA.
Outro estudo realizado na França pela Agência de Seguros Saúde e Vigilância Sanitária (ANSM) com mais de 2 milhões de adolescentes concluiu em setembro que as vacinas contra o HPV não causavam esclerose múltipla ou outras doenças auto-imunes.
Essas vacinas foram administradas a 72 milhões de pessoas no mundo para parar a transmissão sexual do vírus do papiloma humano (HPV).
Este vírus é a causa de lesões pré-cancerosas que, depois de vários anos, podem evoluir para câncer do colo do útero, bem como cânceres da garganta ou do canal anal.
A maioria dos países recomenda há alguns anos que meninas entre 9 e 12 anos sejam vacinadas antes de seu primeiro encontro sexual.
Na França, as queixas foram prestadas em 2014 contra o laboratório Sanofi Pasteur MSD, acusando a vacina anti-HPV Gardasil de causar doenças autoimunes, incluindo a esclerose múltipla (MS), entre as vacinadas.
Mas para a ANSM, "os benefícios esperados da vacinação em termos de saúde pública são muito maiores do que os riscos aos quais as meninas podem estar expostas".