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Segundo a especialista, os experimentos feitos por ela e colegas não só reafirmam que a insulina ajuda a ativar a recaptação de dopamina, mas são os primeiros a mostrar que a maior presença do hormônio aumenta a quantidade do neurotransmissor que gera a sensação de bem-estar e prazer.
Um dos pontos mostrados no estudo é que uma dieta exagerada pode privar as pessoas de bem-estar. Roedores com uma dieta balanceada se tornam mais sensíveis à elevação da insulina. Para eles, um acréscimo de 10% do hormônio já provoca a liberação da dopamina. Já os animais que recebem uma dieta supercalórica perdem a capacidade do cérebro de responder à insulina.
Os resultados também indicam que a relação entre as duas substâncias parece estar ligada à escolha de alimentos. Os autores acreditam que, como foi observado nos ratos, as pessoas buscam, por exemplo, comidas com muito carboidrato porque eles elevam a produção de insulina e, consequentemente, a liberação de dopamina. “Nossas análises sugerem que, quando as pessoas falam da sensação agradável que sentem ao ingerir açúcar, elas estão, na verdade, se referindo à recompensa provocada pela dopamina. E há maneiras saudáveis de obter essa sensação, com escolhas mais inteligentes na alimentação”, diz Rice.