Luciano Chaves frisa que a cirurgia não é estética, apesar de a autoestima do paciente melhorar sensivelmente após o procedimento. A operação é considerada reparadora, uma vez que reconstrói o contorno corporal. “O paciente vai ter benefício estético, mas a indicação não é essa. Tanto é assim que é autorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela maioria dos planos de saúde.” Antes da operação, o médico realiza diversos exames para avaliar a condição de saúde do paciente. Por se tratar de um ex-obeso, o candidato à operação de remoção de pele tem características clínicas específicas. “Esse paciente, queira ou não, vai desenvolver um deficit de absorção de nutrientes”, detalha o médico.
Como toda cirurgia, a operação plástica pós-bariátrica tem seus riscos. A trombose e a embolia pulmonar estão entre as principais preocupações médicas, de acordo com Chaves. “O paciente, quando é obeso, precisa ter o calibre dos vasos sanguíneos grandes, para nutrir toda a massa corporal”, detalha. “Quando o paciente perde peso, os grandes vasos permanecem.” Uma boa assistência e orientações pós-operatórias são essenciais.