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Em trabalhos anteriores, os investigadores da Universidade de Gotemburgo, liderados por Kristell Le Gal, pesquisadora de biologia molecular, mostraram que os antioxidantes estimularam o crescimento do tumor de pulmão em camundongos, o que já apontava para uma ação negativa da substância. No estudo atual, a equipe sueca desenvolveu modelos de ratos com melanoma (câncer de pele). Os roedores foram alimentados com água potável que continha o antioxidante N–acetilcisteína durante vários dias, e a substância não conseguiu reduzir o tamanho dos tumores, que também migraram para outras partes do corpo, causando a metástase.
A equipe de pesquisa acredita que, futuramente, com mais estudos complementares, será possível determinar que pacientes com melanoma devam evitar ingerir antioxidantes extras para diminuir o risco de metástase, contribuindo, assim, para a redução do número de casos de câncer de pele. “O melanoma tem aumentado em incidência e letalidade ao longo de várias décadas. Identificar os fatores que influenciam a metástase seria algo valioso para contribuir para o seu combate”, destacam, no artigo publicado na revista científica.
O melanoma é um câncer com origem em células produtoras de melanina (melanócitos) e predominante em adultos brancos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), é o mais frequente no Brasil e corresponde a 25% dos tumores malignos registrados no país. Também o mais grave, devido ao grande risco de metástase. O órgão estima que, em 2013, 1.559 pessoas morreram em consequência das complicações da doença, sendo 910 homens e 649 mulheres.
Quantidade de pessoas que morreram, em 2013, no Brasil em decorrência do melanoma, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca)