Saúde

Inmetro proíbe customização de chupetas e mamadeiras

Riscos de asfixia pela aspiração ou ingestão de partes pequenas adicionadas aos produtos são os principais riscos para as crianças

Agência Brasil

Além dos riscos de sufocamento, asfixia, toxicidade e morte das chupetas customizadas, a chupeta em si também não é recomendada pela OMS e Unicef por atrapalhar o aleitamento materno
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) proibiu a confecção, importação, distribuição e a comercialização de chupetas, mamadeiras e bicos customizados. Não poderão ser alteradas as características originais do produto certificado com a fixação de partes pequenas como cristais, pérolas, miçangas e adereços em geral.


Leia reportagem sobre acidentes e morte pelo uso de chupetas customizadas

Também está proibida a pintura de elementos decorativos e alteração da cor do produto. Os fornecedores responsáveis deverão recolher os itens customizados do mercado. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor nesta quinta-feira (15/10) em todo o país.

Segundo o Inmetro, os processos de customização podem comprometer a segurança dos usuários, expondo-os a potenciais riscos de asfixia pela aspiração ou ingestão de partes pequenas adicionadas aos produtos.

Toda chupeta, mamadeira e bico de mamadeira comercializados no país devem atender aos requisitos mínimos de segurança definidos em regulamentação técnica. A dificuldade de antever todos os possíveis riscos decorrentes de inovações tecnológicas e alterações na forma de comercialização levou o órgão a proibir a fabricação dos produtos com essas partes pequenas.

Para a edição da portaria, em maio, o Inmetro abriu consulta pública e colheu relatos e contribuições sobre o uso desses produtos. Segundo o instituto, os estabelecimentos (lojas físicas e virtuais) onde forem encontradas irregularidades estarão sujeitos às penalidades previstas na lei, com multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão.