“Foi terrível, às 11h chegamos ao consultório animados, às 12h saímos desnorteados para dar entrada no hospital. Miguel nasceu às 23h. Eu não conseguia processar nada. O parto foi um momento triste, mas também muito bonito. Foi um dos momentos mais intrigantes das nossas vidas. Eu pensava, ‘está todo mundo errado e o Miguel vai chorar na hora que sair’. Quando ele nasceu, a Rafaella o pegou no colo, colocou no peito e eu só consegui dizer ‘obrigado, meu filho, pelas transformações que vieram até agora e pelas que virão daqui para a frente’. Nós tivemos a oportunidade de nos despedir, temos uma foto com o nosso filho, mas não é o que acontece na grande maioria dos casos”, afirma Fabricio Gimenes, idealizador, junto com a esposa, do documentário 'O Segundo Sol' que vai contar a histórias de superação das famílias que perderam seus bebês e tem estreia prevista para novembro. Veja o trailer:
O Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO) - programa de formação multidisciplinar baseado em evidências científicas e que tem o objetivo de preparar profissionais de saúde para melhor atender emergências obstétricas -, recomenda que os profissionais de saúde insistam para que a mãe e o pai vejam e peguem o bebê no colo. Se o casal já tiver filhos, é importante que o irmão ou a irmã também tenham a oportunidade de vê-lo, que também se despeçam. Se a família demonstrar desinteresse, é papel do profissional insistir e explicar a importância do ato, que vai facilitar o luto e a ressignificação da perda. (Veja outros parâmetros do ALSO ao final da matéria).
É o caso da consultora de beleza, Raquel Fernandes, 37 anos, que perdeu Gustavo Henrique na 35ª semana de gestação, há 10 anos. “Tive descolamento de placenta e corria risco de morrer”, explica. Como precisou passar por uma cesariana de urgência, quando o médico sugeriu que ela se despedisse do filho com um beijo, ela se negou. “Eu me arrependo até hoje. Eu estava em choque, não vi o Gustavo, não pude vesti-lo. Eu gostaria que tivessem me explicado que era importante, que tivessem insistido, que tivessem me oferecido novamente”, diz.
Raquel conta que, na tentativa de superar a perda e suportar a dor, começou a trabalhar muito. “Fui engolindo a dor. Depois de um ano, tudo explodiu. Eu sentia dores por todo o corpo, nos braços, nas pernas e fui diagnosticada com depressão profunda. Foi aí que percebi que tinha que conversar sobre o assunto, que eu tinha necessidade de falar”, diz.
Para Rafaella Biasi, que teve a oportunidade de se despedir do filho Miguel, é papel do profissional de saúde oferecer à mãe a chance de se despedir do filho ou da filha. Ela diz que, quando chegou em casa depois da partida de Miguel – após uma temporada de uma semana na fazenda da família -, se sentiu extremamente sozinha. “A solidão me motivou a procurar ajuda na internet e descobri que as famílias não tiveram o mínimo de acolhimento e amparo. Muitas mulheres relatam que foram vítimas de violência obstétrica. Nessas conversas, percebi que existe muito ressentimento, muita culpa, muito pesar, arrependimento de não ter tido a possibilidade de ver o bebê pela inabilidade do médico em oferecer. Nessa hora, a mulher não tem condição de tomar essa decisão. Vi que não ter pegado o filho no colo machucava demais, é uma corrente que se arrasta por toda a vida”, narra.
Ela e o marido, Fabricio Gimenes, não conseguem explicar de onde vem a força para seguir em frente. Com a morte do filho Miguel, em 6 de novembro de 2014, o casal sentiu a necessidade de fazer alguma coisa que ajudasse famílias que também perderam seus bebês. Surgiu então a ideia do documentário ‘O Segundo Sol’ que está sendo totalmente produzido com recursos próprios. “Existe uma vontade e uma necessidade de falar sobre essa perda, mas o filme não é um culto à dor. O nosso objetivo é mostrar como pais e mães que perderem seus bebês se transformaram e como é possível seguir em frente”, explica Fabricio.
Raquel Fernandes é uma das entrevistadas no filme e considera a iniciativa muito importante. “Na minha época não tinha rede social, passei por tudo sozinha. Acho importante mostrar que é possível superar”, enfatiza.
Atendida em um hospital público em Contagem durante uma troca de plantão, Raquel diz que sentia que sua dor era invisível para os profissionais de saúde, para sua família e para os amigos. “Eu tinha a sensação de que eu era a única pessoa que tinha perdido uma gestação. Minha mãe é muito simples, me ajudou pouco. Eu acredito que, por medo de tocar na ferida, as pessoas se calam, mas isso é muito ruim, por que a mulher fica sozinha com a dor”, observa.
Leia Mais
Risco de aborto espontâneo é maior para mulheres com endometrioseApesar de muito comum, aborto espontâneo ainda é visto como algo raroSaudade de quem já se foi se intensifica no fim do ano: como superar o luto e encontrar a paz? Morte do ator Domingos Montagner convida à reflexão sobre a dificuldade do luto em caso de tragédiasCapacete de hipotermia pode salvar recém-nascidos com asfixia cerebral após o partoFoto de idoso de 100 anos se despedindo da esposa comove a internet Saiba quais são as principais causas de morte infantojuvenil no Brasil e no mundoDiariamente 7.200 bebês nascem mortos no mundo; maioria dos óbitos ocorre durante o parto Empresária relata em livro a dor de perder um filhoOfereça vários alimentos e deixe o bebê provar o que mais gosta; entenda o método BLWLuto não reconhecido
Psicóloga clínica e hospitalar com formação em luto pelo Instituto 4 Estações, em São Paulo, e membro da Sociedade de Tanatologia e Cuidado Paliativo de Minas Gerais (SOTAMIG), Maria Emídia de Melo Coelho afirma que as perdas gestacionais e neonatais estão na categoria do ‘luto não reconhecido’. “Essas perdas são negadas, negligenciadas, não reconhecidas e comprometem a evolução do processo de luto. São vividas em situação de isolamento e intensificam as reações emocionais como raiva, culpa, tristeza, depressão, solidão, desesperança e confusão”, afirma.
Segundo ela, o despreparo dos profissionais de saúde e das instituições hospitalares agravam ainda mais o quadro. “É comum se dar grande atenção aos cuidados médicos e pouca ou nenhuma preocupação com os cuidados psicológicos dessas mães”, observa. Uma situação comum, por exemplo, são as mulheres que vão para a enfermaria e são colocadas lado a lado com mães que seguram, ninam e amamentam seus bebês enquanto naquele mesmo espaço existe alguém vivenciando uma dupla perda: a do bebê e o do ‘ser mãe’, com todas as fantasias da maternidade idealizada.
Maria Emídia de Melo Coelho afirma que a maternidade é uma parte importante do desenvolvimento psicoafetivo da mulher. “O processo preparatório para receber o bebê implica em profundas mudanças no psiquismo feminino. Quando esse processo é interrompido com uma perda, há uma quebra no processo biológico, instintivo e psicológico da gestação. As consequências emocionais são intensas”, afirma.
O corpo que se preparou para gestar não ‘entende’ a morte e a mulher que perdeu seu bebê vai ver o leite descer, mas não terá em seus braços ninguém para sugá-lo. Mesmo em situações de bebês saudáveis, o puerpério já é um período difícil para as mulheres e também negligenciado do ponto de vista social e de acompanhamento especializado. “No puerpério, a mulher é colocada de lado, o foco se torna a criança. O cuidado é para o bebê. É a mãe quem tem que cuidar do bebê e alguém precisa cuidar dessa mãe. Mas a lógica é invertida, as pessoas querem ajudar com a criança. A mulher que não tem o bebê fica ainda mais invisível, mas ela também passa pelo puerpério. As pessoas querem que essa mulher se recupere rápido por que não querem falar do assunto. Só que a mulher não vai esquecer nunca”, afirma a doula e terapeuta holística, Kamilla Barbosa, 29 anos, mãe de Gabriel - que morreu há 4 anos durante o trabalho de parto - e Sara, 3 anos.
Ela conta que quinze minutos antes de nascer os batimentos cardíacos do filho estavam normais, mas o menino nasceu morto. Kamilla também teve uma gestação saudável e diz que entre as inúmeras angústias que viveu uma delas foi não saber a causa da morte de filho. “O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), mas a autópsia não apontou uma causa clara. Isso acontece em grande parte dos casos, a gente não consegue uma explicação científica, ficamos no escuro e a falta de uma resposta nos faz sofrer ainda mais”, salienta.
Sete meses depois da perda gestacional, Kamilla engravidou de Sara, sem planejar. “É comum que algumas mulheres queiram tapar o buraco engravidando novamente o mais rápido possível”, afirma. A mãe de Gabriel e Sara está começando a desenvolver em Brasília um trabalho como doula com foco no acompanhamento de mulheres que perderam seus bebês. A doula é a profissional que cuida do bem-estar emocional da gestante durante o parto e no puerpério.
Para ela, Gabriel foi o seu primeiro grande mestre. “Ele me ensinou, através da dor dentro de mim, que é possível amar mais. Ele é responsável por sentimentos que nunca senti. Tive que aprender a lidar com o medo e a dor”, afirma.
Despreparo total
Fabricio Gimenes conta que o despreparo para lidar com as perdas gestacionais e neonatais já começa dentro da instituição de saúde, mas se estende para a vida social de todo casal que perdeu um bebê. “Quando deixamos o hospital, a nossa ficha só constava parto normal e nenhuma outra informação. Na hora de pagar a conta, recebemos um sapatinho de presente”, narra.
O publicitário e Rafaella também não puderam registrar o filho já que nos casos de perda gestacional o documento que se faz é o registro de natimorto. “A grande luta de quem perde um filho é deixar a memória dele viva. Para nós, a existência do Miguel é muito grande, mas não pude sequer registrá-lo, meu filho não tem certidão de nascimento. Sei que uma família brasileira conseguiu na justiça o direito de registrar o filho, é algo tão simples que podia ser revisto”, desabafa. E foi ainda no cartório que Fabrício foi surpreendido ao receber a senha de número 15, às 11 da manhã, para o registro de natimorto. “Isso ficou muito forte na minha cabeça, não éramos os únicos a viver aquela dor”, diz.
Quando saiu do hospital, Juliana não quis voltar para casa e esperou dois meses até ter forças para decidir o que fazer com o quarto de Catarina e o enxoval. “No geral, todas as pessoas tiveram dificuldade em lidar com o desfecho negativo da minha gravidez. Por isso, comecei a escrever, primeiro no Facebook e depois no blog”. Juliana Oliveira é autora do 'Mãe de Catarina’. Para ela, as pessoas têm dificuldade em dimensionar a dor de perder um bebê. “Quando contei que estava grávida novamente de uma menina, chegaram a me perguntar se eu colocaria o nome Catarina. A Valentina é outra pessoa”, enfatiza.
Para a psicóloga especialista em luto, Maria Emídia de Melo Coelho “só será possível mudar essa realidade, quando conseguirmos reconhecer essa dor, retirando-a do silêncio e reconhecendo-a como legítima”.
O casal Fabricio e Rafaella considera que fugiu ao padrão de atendimento que geralmente as famílias recebem nos hospitais em casos de perda gestacional ou neonatal. Como eles optaram pelo parto natural hospitalar, estavam em contato com profissionais que se dedicam à assistência obstétrica humanizada, expressão que vem sendo usado para se contrapor ao parto normal intervencionista e a banalização da cesariana agendada, sem indicação médica, que vigora no Brasil.
Assim, Rafaella já saiu do hospital com a receita para um remédio que faz o leite secar. Ela se recorda que o momento de enfaixar os seios era terrível. “Eu chorava todas as vezes. Pensava: ‘estou estancando um alimento para o meu filho que não está aqui. As mulheres se assustam muito com o fato de, mesmo com a morte do bebê, o corpo funcionar para nutrir uma outra vida. É o básico: a mãe que perdeu um bebê precisa de informação sobre o que vai acontecer com seu corpo para não achar que está enlouquecendo. Mesmo eu tendo sido orientada, sabendo que eram hormônios, achava que estava enlouquecendo. Se uma mãe que tem um filho pode ter depressão pós-parto, imagine uma mãe enlutada?”, salienta.
Nessa troca de experiência para o documentário 'O Segundo Sol', Rafaella Biasi diz que viu que muitos relacionamentos foram desfeitos com a morte do bebê. “Enquanto o homem tem que ir para o mundo, a mulher fica recolhida na caverna tendo que processar tudo. O filme foi, inclusive, uma forma, que eu e Fabricio encontramos para falar do Miguel. Para falar do documentário, tínhamos que falar do nosso filho”, conta.
Como ajudar
A psicóloga Maria Emídia de Melo Coelho reforça a necessidade em validar a perda gestacional ou o óbito neonatal pela mãe, pelo pai, pela família, pelos profissionais de saúde, pelas instituições hospitalares e pela sociedade. “Infelizmente, não é o que acontece. O que acontece normalmente é a absoluta falta de capacidade para compreender o significado desta perda e validar a experiência da mãe e do pai que estão sofrendo. Os sentimentos não têm espaço para serem expressados porque socialmente não são suportados. É um momento de grande vulnerabilidade. Se mal conduzido, pode desencadear complicações e doenças psicossomáticas”, pontua.
Para ela, é necessário um treinamento adequado dos profissionais de saúde e das instituições hospitalares para o acompanhamento desse luto. “Primeiro, reconhecendo a perda para evitar os fatores de risco para um luto complicado. Segundo, uma supervisão especializada para o acompanhamento desse processo”, cita. A especialista lembra ainda que são poucos os profissionais especializados em luto e a única forma de elaboração é a expressão dos sentimentos que precisam ser acolhidos e legitimados.
Maria Emídia de Melo Coelho explica que a ajuda terapêutica se baseia na escuta ativa e pela disponibilidade diante do sofrimento psíquico. “Assim, os pais podem expressar suas necessidades e dificuldades no enfrentamento do luto sendo encorajados a validar a própria dor e, portanto, a si mesmos. A psicoterapia é indicada e eficaz quando há comprometimento, ou seja, com sintomas e transtornos psicológicos já instalados” explica.
Segundo ela, existem vários recursos para lidar e trabalhar com a perda, que vai variar de pessoa para pessoa, de acordo com a sua vivência. “Estimular rituais, religiosos ou sociais, tocar nos objetos e móveis do bebê fomentando uma postura ativa nas decisões dos pais, do que querem fazer com tudo isso. Escolher um objeto que possa representar o filho perdido, propiciar despedidas para facilitar a reorganização e ressignificação da perda”, pontua.
Outras iniciativas válidas são a participação em grupos de apoio ou a troca de experiência. “Começar um blog e escrever um livro ajudam a dar sentido à perda”, reforça a psicóloga.
A doula Kamilla Barbosa é uma das coordenadoras do ‘Grupo de Perda Gestacional’, no Facebook, e também está à frente do ‘Mamães de Estrelas’, no WhatsApp. Os dois grupos reúnem mulheres que passaram por perda gestacional ou óbito neonatal. Ela diz que para participar no grupo no WhatsApp é necessário antes se inscrever no Facebook e fazer a solicitação lá.
O Segundo Sol
O projeto do casal Fabricio Gimenes e Rafaella Biasi, surgiu, segundo eles, de uma ideia modesta, “como um escape para a nossa própria dor”, mas tem repercutido muito. “Não temos a visão clara de tudo o que virá depois do lançamento. Fomos levados pela força da empatia, de conseguir falar sobre o assunto e dar voz às pessoas que vivem esse luto proibido, que precisam fingir que nada aconteceu. Posso contar nos dedos os familiares que me telefonaram para me oferecer o ombro”, afirma Rafaella.
Para ela, o filme é também uma forma de mostrar às pessoas como elas podem ajudar. “Para mãe que carregou o bebê, para o pai que acompanhou a gestação o vínculo existe, mas para quem está de fora, se não existe bebê, não existe vínculo. Não existe a concretude daquela existência. Se o bebê não existiu para o mundo, ele não existiu para os outros. As pessoas não reconhecem que podem prestar solidariedade no luto”, acredita.
Rafaella lembra que toda mãe e todo pai que perdeu um bebê espera escutar: 'eu não sei o que você passou, mas estou aqui'. No entanto, segundo ela, o que se tem são pessoas sem saber como lidar com a dor do outro e que simplesmente desaparecem ou aquelas que dizem coisas absurdas como sugerir que você tenha outro filho, como se um filho fosse um objeto descartável, que ‘foi melhor assim, pelo menos você está viva’, ou ‘você queria que seu filho nascesse doente?’”, exemplifica.
Fabricio Gimenes reforça que muito amigos desapareceram do convívio do casal depois da morte de Miguel. “A gente não espera uma grande solução, esperamos acolhimento, mas as pessoas sempre buscam o caminho mais rápido. É comum ouvir: ‘Faz outro’, não por maldade, mas por desconhecer que projetamos uma vida para aquele filho”, explica.
Para o documentário, Fabricio e Rafaella fizeram entrevistas com casais que perderam seus bebês, mas também com médicos, psicólogos, doulas e enfermeiras. Ele diz ter ouvido histórias muitos tristes de descaso. “Em uma delas, uma mãe foi fazer um ultrassom que detectou que o bebê não estava se desenvolvendo bem. O profissional usou um ditado popular para aquela mãe que recebia uma notícia tão triste. ‘Você está entre a cruz e a caldeirinha: se deixar dentro da barriga, ele morre. Se decidir tirá-lo, ele morre. Parece que eles esquecem que estão lidando com vidas, é uma insensibilidade muito grande”, observa.
Para o publicitário, algumas atitudes simples são fáceis de serem modificadas. “Se o hospital disponibilizasse uma pulseirinha diferente para a mãe que perdeu o bebê, nenhuma enfermeira entraria no quarto perguntando pela criança”, cita.
Outro episódio vivido pelo casal foi em relação ao plano de saúde. “Recebemos um telefonema para saber quando faríamos a carteirinha do bebê. Você explica que seu filho morreu e, uma semana depois, chega a carteirinha dele”, conta.
A modista Rafaella Biasi diz que desde o início da perda de Miguel, procurou se aproximar de outras mães para trocar experiências. “Entrevistar as famílias, ouvi-las e divulgar o trailer têm sido um processo muito rico. Ver histórias de pessoas que seguiram em frente é o exemplo que gostaria de dar ao meu filho, de superação”, explica.
Luto dos irmãos
Sobre Cecília, sua filha mais velha, Rafaella diz que usou de clareza e transparência para ajudar a menina a lidar com a perda do irmão. “Ela tinha 11 anos na época e sabia que algo de muito estranho estava acontecendo. Foi minha mãe, auxiliada por uma psicóloga, que é a terapeuta que me acompanha até hoje, que contou o que havia acontecido. A Cecília teve as mesmas necessidades que a gente. No dia seguinte ao parto, ela disse ao meu obstetra que ninguém ainda havia lhe mostrado o irmão, que ela queria vê-lo. Ela teve a possibilidade de conhecê-lo e chorar aquela perda. Os sintomas e passos de luto pelos quais um adulto passa não diferem dos da criança”, reforça.
Veja algumas das recomendações do Advanced Life Support in Obstetrics (ALSO):