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Ao analisar 760 participantes do primeiro estudo, os cientistas descobriram que os pacientes que reagiram melhor à vacina tinham uma variação específica no sistema antígeno leucocitário, o HLA, que regula a produção de anticorpos. “São genes presentes nas células T que iniciam uma resposta imune. Nesse caso, é a produção de anticorpos após a vacinação”, explica o Correio Rasmi Thomas, pesquisadora da Seção de Genética do Instituto Walter Reed de Pesquisas do Exército e uma das autoras do trabalho.
Segundo Rasmi Thomas, as pessoas podem ter variantes distintas do HLA e, assim, apresentar diferentes respostas imunes, o que causa efeitos variados sobre a eficácia. No caso dos mais beneficiados pela condição, a taxa de proteção chegou a 71%, contra 31% do outro lado comparativo.
De acordo com a equipe, os resultados podem ajudar a orientar o desenvolvimento de vacina, além de reforçarem a importância de definir melhor os perfis de grupos que podem ser beneficiados por formulações protetivas. “A principal implicação desse estudo é que existem diferenças nas respostas induzidas pela vacina em indivíduos com um alelo HLA particular. Quem tem esse alelo deve ser examinado ainda mais para entender o mecanismo de proteção. Não é mais como uma agulha no palheiro”, acreotaRasmi Thomas. (VS)
Experimento inédito
Chamada de RV144, a vacina foi testada em 2009 em 16 mil adultos. Chamado de ensaio tailandês, o trabalho foi o primeiro a conseguir reduzir o risco de infecção pelo HIV mediante a ação de uma vacina. Ao examinar amostras de sangue dos imunizados para analisar as respostas imunológicas, os cientistas descobriram que os diferentes tipos de respostas dos anticorpos estavam relacionados com o nível de infecção do HIV.