No total, 4.022 mulheres correm o risco de morrer anualmente na Guiné, Libéria e Serra Leoa apenas por causa do legado da epidemia de ebola: 11 mil óbitos, incluindo numerosos médicos e enfermeiros.
Na Libéria, por exemplo, a epidemia matou 0,1% da população, mas 8% do pessoal de saúde, destaca o relatório, que defende o recrutamento "imediato" de 240 médicos e enfermeiros.
"A perda de pessoal de saúde ligada ao ebola pode elevar a taxas de mortalidade materna aos níveis experimentados nestes países há 15 ou 20 anos", disse Markus Goldstein, um dos autores do trabalho publicado na revista científica The Lancet.
A mortalidade de mulheres durante a gravidez ou no parto poderá aumentar 111% na Libéria, 74% em Serra Leoa e 38% na Guiné, apesar do fim da epidemia de ebola nos três países.