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Falhas no contato com as comunidades afetadas também contribuíram para o agravamento da epidemia, segundo o documento. Mais de 11 mil pessoas morreram em consequência da doença nos últimos 18 meses, a maioria vivia em Serra Leoa, Libéria e Guiné. O relatório de 28 páginas, porém, rejeita a ideia de que um novo organismo passe a cuidar de questões ligadas a emergências de saúde pública mundial. Os especialistas, na verdade, sugerem que mais investimentos sejam feitos na OMS, incluindo um fundo de contingência de emergência de US$ 100 milhões e o aumento de 5% das contribuições regulares dos Estados membros.
“O painel está convencido de que a OMS deve fazer mudanças fundamentais, sobretudo em termos de liderança e no processo de tomada de decisões, mas também vai exigir os recursos e a vontade política dos Estados membros para que a OMS seja a agência que possa cumprir esse mandato no século 21”, defende o texto, apresentado, em Londres, em evento comandado por Barbara Stocking, ex-diretora da ONG Oxfam, confederação de de 13 organizações e mais de 3.000 parceiros que atua em mais de 100 países na busca de soluções para cenários de pobreza e injustiça. A OMS admitiu que respondeu ao surto de ebola de forma lenta e planeja realizar uma reforma em setembro.