Na internet, a alteração já foi feita e passou para “ato solene de união entre duas pessoas” e segundo, Lerner, à medida que sejam feitas as reimpressões e novas edições, o verbete será corrigido também na versão em papel. O pedido foi feito na última segunda-feira (29/06) poucos dias depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos legalizar o casamento gay e uma onda de arco-íris invadir o Facebook.
No texto em que pedia adesão à sua solicitação, Santarelo escreveu: “Sou casado há quase três anos com o Maurício. São três anos de amor e parceria e, como qualquer casal, temos os nossos sonhos e projetos. No entanto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo tem desafios jurídicos e também simbólicos. Por isso, fiquei muito chocado ao constatar que o dicionário Michaelis ainda define a palavra "casamento" como a "união legítima de homem e mulher". Peço que o dicionário compreenda o momento histórico que vivemos e mude esta definição, em respeito aos milhões de brasileiros que, como eu, constroem seus casamentos homoafetivos”.
Na definição do Michaelis também aparecia "união legal entre homem e mulher, para constituir família". Agora, as palavras homem e mulher foram substituídas por pessoas. Veja a definição completa:
Os dicionários Aurélio e Houaiss, por exemplo, já contemplam a união de casais LGBTs em suas definições. O primeiro diz que casamento é “contrato de união ou vínculo entre duas pessoas que institui deveres conjugais”. Já o Houaiss, define como "ato ou efeito de casar(-se)" e "o ritual que confere o status de casado".
Em apenas dois dias, Eduardo Santarelo saiu vitorioso em sua demanda.