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Os organizadores esperam bater o recorde Guinness de aula de ioga com mais participantes em apenas um lugar. De acordo com o Guinness, o recorde atual é de 29.973 estudantes em 2005 na cidade indiana de Gwalior. "A ioga é muito mais que a condição física. Não estamos celebrando apenas um dia, também estamos treinando a mente humana para iniciar uma nova era de paz", disse Modi aos participantes reunidos na avenida Rajpath, onde agradeceu a ONU pela adoção da ideia do Dia Mundial.
"Isto é um programa para o bem-estar humano, um mundo livre de tensão e um programa para difundir uma mensagem de boa vontade", disse o chefe de Governo indiano.
Após o discurso, Modi surpreendeu a todos. Ele desceu do palanque, tirou os óculos e, diante da multidão, realizou os exercícios de estiramento, respiração e meditação.
O primeiro-ministro, que afirma considerar a ioga a "âncora" de sua vida, que o ajuda a trabalhar por muitas horas praticamente sem dormir, deveria, em tese, apenas discursar no evento.
As imagens aéreas mostraram a avenida Rajpath, que liga o palácio presidencial com o famoso monumento da Porta da Índia, como um mar de gente, com milhares de pessoas em perfeita sintonia com as posturas anunciadas.
Os habitantes de 650 distritos do país também se uniram às celebrações, que também devem ser organizadas em mais de 100 países.
A ONU aceitou uma sugestão de Modi e proclamou o 21 de junho como o Dia Mundial da Ioga. Segundo especialistas, a disciplina surgiu há 5.000 anos.
O chefe de Governo indiano, um vegetariano e que pratica a ioga diariamente, transformou o Dia Internacional em um elemento importante do programa político de seu governo nacionalista hindu.
Ele criou um ministério da Ioga, do Ayurveda e de outras práticas tradicionais indianas, assim como cursos gratuitos de ioga para três milhões de funcionários públicos e suas famílias.
O objetivo é reforçar o lugar da ioga como elemento central da cultura indiana, um aspecto que se perdeu nos países ocidentais, onde é considerada uma prática esportiva.
"A ioga é a ferramenta de 'soft power' da Índia", disse, a ministra ministra das Relações Exteriores, Sushma Swaraj.
Mas os preparativos deste dia também receberam críticas das minorias religiosas, que acusam o governo de impor um programa pró-hindu em um país secularizado.
Grupos muçulmanos criticaram, por exemplo, que o canto 'Om' pronunciado durante a prática da ioga e algumas posturas têm conotações hinduístas e são contrárias ao islã.