Esta conclusão é apoiada por uma série de experimentos com um total de 54 cães divididos em três grupos. O primeiro grupo recebeu a sua comida das mãos de uma pessoa que, na frente deles, se negava a ajudar o seu dono a abrir a lata de comida. Estes cães tinham ao mesmo tempo a possibilidade de escolher a comida servida por uma pessoa "neutra", desconhecida dos animais e que não demonstrava qualquer sentimento.
Os cães do segundo grupo podiam escolher entre um comedouro servido por uma pessoa que ajudou seu dono a abrir a lata e outro de uma pessoa neutra.
Finalmente, os cães do terceiro grupo (chamado de "controle") podiam escolher entre duas pessoas que não tiveram nenhuma interação com seus proprietários.
Os testes foram repetidos quatro vezes em cada conjunto.
Resultados
No primeiro caso, apenas um cachorro escolheu o pote da pessoa que não colaborou com seu proprietário. Nos outros dois grupos, os animais não apresentaram rejeição ou preferência pela pessoas que os alimentavam.
Se os cães agissem apenas por interesse, não teria havido nenhuma diferença entre os grupos, disse o professor Fujita, observando que os cães partilham com os seres humanos a capacidade de agir de forma independente de seu interesse pessoal.
O estudo será publicado até o final do mês na revista científica "Animal Behaviour", publicado pela Elsevier em Amsterdã.