saiba mais
Tratamento experimental aumenta expectativa de vida de pacientes com insuficiência cardíaca
Pesquisa mostra que cuidar do corpo e da mente já na meia idade também evita insuficiência cardíaca
Proteína presente em ratos, moscas e humanos mantém células do coração mais resistentes
-
Estudo mostra elevada taxa de mortalidade intra-hospitalar por insuficiência cardíaca no Brasil
“O nome, de uma certa forma, já revela. O problema ocorre quando o coração fica insuficiente para as necessidades do organismo”, explica o cardiologista Antônio Carlos Barretto, diretor do Serviço de Proteção e Reabilitação do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo, da Faculdade de Medicina da USP. Ainda de acordo com o especialista, o coração mais fraco perde a capacidade de bombear o sangue corretamente, daí a falta de ar e o inchaço. No entanto, embora a doença seja uma importante causa de morte, seu surgimento é sempre consequência de uma condição preexistente. “Ela é a fase final comum das cardiopatias. Toda doença do coração vai progredindo e termina com o órgão cansado. No infarto, por exemplo, morre uma parte do tecido e o que restou precisa trabalhar mais para compensar, daí fica cansado. Na pressão alta, ocorre a mesma coisa”, continua Barretto. O próprio envelhecimento, segundo ele, pode ser uma causa para o problema.
Com diagnóstico precoce, no entanto, os médicos dizem que é possível retardar a evolução da doença e proporcionar uma vida normal ao paciente, com rotina de exercícios e dieta controlada, além do auxílio de medicamentos. Mas, sem esses cuidados, a enfermidade representa um importante risco. “A mortalidade é mais alta do que alguns tipos de câncer. Estatisticamente, sem tratamento, o mal tem uma taxa de 50% em um período de três a cinco anos. Mas, se cuidar, a pessoa melhora e vive bem. Claro que depende de cada paciente, mas tem gente que leva vida normal”, pondera o cardiologista.