Segundo a pesquisa, os homens usam menos os artigos de higiene bucal que as mulheres. Enquanto 57,1% delas declararam os cuidados com a boca, 48,4% dos homens afirmaram usar escova, pasta e fio de dental.
Conforme a pesquisa, há diferença no uso desses artigos de higiene conforme o nível de escolaridade. Enquanto 83,2% das pessoas com nível superior usavam os três, o percentual cai para 29,2% entre a população sem instrução e com ensino fundamental incompleto. Entre os brasileiros que concluíram apenas o ensino fundamental, 52,6% usam pasta, escova e fio dental, taxa que sobe para 69,7% na população com ensino médio.
A população de 30 a 39 anos é a que mais tem o hábito, com 64,9%, contra 29,1% dos que têm 60 anos ou mais. Entre os jovens de 18 a 29 anos, 61,4% confirmaram que usam os três.
Quando a cor da pele é considerada, o percentual é 59,9% para os brancos, 43,6% para os pretos e 47,1% para os pardos, conforme terminologia adotada pelo IBGE.
Outro dado é que 89,1% dos brasileiros escovam os dentes ao menos duas vezes ao dia, com percentuais maiores entre mulheres (91,5%), brancos (90,3%), formados no nível superior (97,7%) e na faixa etária de 18 a 29 anos (94,9%).
O IBGE divulgou ainda que mais da metade dos brasileiros não troca as escovas de dente com menos de três meses de uso. Segundo a pesquisa, 46,8% substituem o artigo com menos de três meses.
A maior parte dos brasileiros considera a saúde bucal ótima ou muito boa (67,4%). Os percentuais são maiores nas regiões Sudeste e Sul, com 72,2%, e cai para 58,8% no Nordeste.
Problemas dentários causavam um grau intenso ou muito intenso de dificuldade para se alimentar em 1,5% dos brasileiros.
A busca por atendimento odontológico também foi verificada pela pesquisa, que concluiu que 44,4% dos brasileiros procuraram um dentista nos doze meses anteriores. A Região Sul lidera essa estatística, com 51,9%, seguida pelo Sudeste, com 48,3%. No Norte, o percentual é o menor do país, de 34,4%.
O percentual cresce entre as mulheres (47,3%) em relação aos homens (41,3%), e entre a população de nível superior (67,4%) perante as demais, chegando a 36,6% na população sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Quando considerada a cor da pele, o percentual é maior entre os brancos (50,4%) que entre negros - 38,2% entre os pretos e 39,2% entre os pardos.
De todas as pessoas que procuraram dentistas, 74,3% recorreram a consultórios particulares ou clínicas privadas. As unidades básicas de saúde foram procuradas por 19,6% e 6,1% buscaram outros estabelecimentos, como centros especializados, e emergências de hospitais públicos e privados.
A pesquisa também aponta que quatro em cada dez brasileiros com 60 anos ou mais de idade perderam todos os dentes. Quando considerado o total da população, o percentual é 11%, com 13,3% para as mulheres e 8,4% para os homens. Segundo o IBGE, a expectativa de vida maior das mulheres influencia na diferença de percentual.
Na faixa etária de 40 a 59 anos, a perda dos dentes atinge 9,8% da população. Nas demais, os casos de perda de todos os dentes não somam 1%. Entre a população com ensino fundamental incompleto ou sem instrução, 22,8% perderam todos os dentes, enquanto, entre quem tem nível superior, o percentual é de 2,1%.
Segundo a pesquisa, um terço dos brasileiros usa algum tipo de prótese dentária, e novamente as mulheres estão em maior número que os homens, com 37,9% contra 28,3%.
Uma fatia de 23% dos brasileiros perdeu 13 dentes ou mais, valor que chega a 26,3% para as mulheres e é de 19,3% para os homens.