A criação intensiva de aves e o aumento do número de doenças levaram os agricultores a usar cada vez mais antibióticos para evitar perdas de cabeças de gado em decorrência da poluição. O uso intensivo em aves criou germes resistentes a antibióticos.
ONGs e organizações sanitaristas estimam que o uso de antibióticos, que também permite a engorda mais rápida dos animais, diminui o efeito dos medicamentos sobre os consumidores que precisam tomar antibiótico para tratar alguma doença. "Ouvimos nossos clientes e pedimos aos nossos fornecedores o compromisso de melhorar as normas (...) e as medidas de transparência no processamento e criação de animais", explicou o Wal-Mart.
Entre as medidas solicitadas estão dar mais espaço para as galinhas chocadeiras criadas em gaiolas, entregar ao Wal-Mart relatórios anuais sobre o uso de antibióticos e os esforços para melhorar o bem-estar dos animais, ou comunicar às autoridades qualquer tipo de maus tratos com os animais.
A ONG Humane Society comemorou este "primeiro passo" para melhorar as condições de criação de animais e disse esperar outras iniciativas semelhantes na esteira do Wal-Mart.
A Wal-Mart "tem uma parcela de 25% do mercado de alimentos (nos Estados Unidos), não poderíamos esperar uma empresa melhor para implementar essa mudança na produção de alimentos", afirmou. Esta não é a primeira empresa dos Estados Unidos a exercer a defesa dos animais; quase uma dúzia de empresas de alimentos já adotaram medidas semelhantes nos últimos meses.
Entre elas, a rede de fast-food McDonald's e a Tyson Foods (maior distribuidor de aves do país) decidiram não vender mais frangos criados com antibióticos.