A manobra versão cefálica externa – ilustrada pelas imagens acima – consiste em rodar o bebê e colocá-lo de cabeça para baixo. O procedimento guiado por ultrassom deve ser realizado dentro do hospital e a mulher toma uma medicação para relaxar o útero. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera essa manobra segura, eficiente e de baixo custo, mas é pouco utilizada no Brasil.
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É importante saber que mesmo se o procedimento der errado e o bebê "insistir" em não encaixar, o parto normal ainda é possível. Por aqui, no entanto, bebê pélvico figura entre as indicações de cesariana. Assim, os obstetras não acumulam experiência em assistir parto pélvico porque além de a incidência ser pequena – varia de 3 a 5% - o nascimento pelo procedimento cirúrgico é o mais recorrente nesses casos.
A polêmica em torno do bebê pélvico está baseada em um estudo canadense intitulado ‘Term Breech Trial’, publicado na revista Lancet no ano 2000. Esse estudo mostrou um risco maior do parto via vaginal em relação à cesariana. Só que os próprios canadenses criticaram falhas no desenvolvimento da pesquisa ao notarem erros na metodologia do estudo e que interferiram diretamente nos resultados finais. Um exemplo é que, no caso de bebê pélvico, a posição mais adequada é a de cócoras. No entanto, as mulheres acompanhadas na pesquisa estavam deitadas de barriga para cima, posição considerada deletéria para o parto pélvico.