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Nesta terça-feira (14) ao circular pelo bairro onde mora e ser reconhecida, ouviu: "É esse tipo de puta que tem filho hoje em dia, aí cria vagabundo!” e "Vadia que quer aparecer, se eu fosse o filho ia ter vergonha da mãe!". Paola não reagiu e agora, ela e Alexandre Périgo, marido e autor das fotos, querem reunir outras gestantes para um novo ensaio pela capital mineira.
Em seu perfil no Facebook, o fotógrafo convocou o que chamou de “exército de gestantes poderosas e corajosas”. Em pouco mais de uma hora, segundo ele, foi contactado por dez mulheres dispostas a participar.
Uma só causou barulho, muito barulho.Mas está sendo hostilizada por covardes machistas nas ruas de Beagá!Todavia se...
Posted by Alexandre De Oliveira Périgo on Terça, 14 de abril de 2015
Paola conta que as agressões verbais vieram de dois jovens, mas garante que não se deixou abater. “Nós já esperávamos pelas retaliações e agressões, o que nos supreendeu foi a repercussão. Eu não agredi ninguém, queria apenas fazer o ensaio da gestação do meu filho com uma ideia diferente. Acabou que vimos aflorar o preconceito e o machismo”, afirma.
A mãe de Júlia, 3 anos, que espera a chegada do segundo filho para o fim de abril, diz que ela e o marido vão tocar adiante a ideia do ensaio com outras gestantes. “Queremos mostrar que não é só a gente que pensa assim”, resume. Alexandre completa: “Não faríamos um outro ensaio, mas não vamos nos intimidar. O mote é: não gostaram? Ela voltou com as amigas”.