Nesta terça-feira (14) ao circular pelo bairro onde mora e ser reconhecida, ouviu: "É esse tipo de puta que tem filho hoje em dia, aí cria vagabundo!” e "Vadia que quer aparecer, se eu fosse o filho ia ter vergonha da mãe!". Paola não reagiu e agora, ela e Alexandre Périgo, marido e autor das fotos, querem reunir outras gestantes para um novo ensaio pela capital mineira.
Em seu perfil no Facebook, o fotógrafo convocou o que chamou de “exército de gestantes poderosas e corajosas”. Em pouco mais de uma hora, segundo ele, foi contactado por dez mulheres dispostas a participar.
Paola conta que as agressões verbais vieram de dois jovens, mas garante que não se deixou abater. “Nós já esperávamos pelas retaliações e agressões, o que nos supreendeu foi a repercussão. Eu não agredi ninguém, queria apenas fazer o ensaio da gestação do meu filho com uma ideia diferente. Acabou que vimos aflorar o preconceito e o machismo”, afirma.
A mãe de Júlia, 3 anos, que espera a chegada do segundo filho para o fim de abril, diz que ela e o marido vão tocar adiante a ideia do ensaio com outras gestantes. “Queremos mostrar que não é só a gente que pensa assim”, resume. Alexandre completa: “Não faríamos um outro ensaio, mas não vamos nos intimidar. O mote é: não gostaram? Ela voltou com as amigas”.