Os dados fazem parte da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) e foram apresentados pelo ministro da saúde Arthur Chioro, em Brasília, nesta manhã. Foram ouvidos por telefone 40.853 entrevistados em todo o Brasil. O estudo permite o acompanhamento e monitoramento de fatores de riscos e avaliação de tendências em relação à prática de atividade física, obesidade e sobrepeso, alimentação saudável e níveis de colesterol. É realizada desde 2006.
Os homens estão mais fora das medidas do que as mulheres, entre as brasileiras 49,1% apresentam excesso de peso. Já eles são 56,5%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera com sobrepeso quem está com índice de massa corporal (IMC) acima de 25, obeso quem está acima de 30. A escolaridade é um dos fatores que contribuem para menos sedentarismo e para uma alimentação mais saudável. De acordo com o ministro, o acesso à informação é uma das principais armas contra o ganho de peso.
Chioro destacou que uma das metas do ministério é estancar o crescimento da obesidade no país. Embora a OMS estabeleça como o máximo aceitável o nível de 15% da população obesa, Chioro disse que é um fato a se comemorar a estabilidade no Brasil. Segundo ele, em uma comparação com países da América Latina, o Brasil ocupa uma das melhores posições. Na Argentina, o índice é de 22,5% e, no Chile 25%.
Houve um crescimento de 18%, nos últimos seis anos, na prática de atividades físicas, em particular entre as mulheres. Aumentou de 30% para 35% o percentual de brasileiros que se exercitam. No entanto, um percentual considerável não faz nenhum tipo de atividade. Cerca de 40% dos belo-horizontinos praticam alguma atividade física. A orientação da OMS é a prática de 150 minutos semanais de atividade física para não ser considerado insuficientemente inativo. Cerca de 15% dos brasileiros não praticam qualquer exercício.
Na alimentação há motivos para comemorar, mas também para se preocupar. Entre os brasileiros, 36,5% comem frutas e hortaliças, o que indica tendência para uma alimentação mais saudável. No entanto, o consumo de sal ainda é muito alto e para agravar o mal hábito sequer é notado pelo brasileiro. A quantidade recomendável é 5 gramas, mas a população consome, em média, duas vezes e meia mais do que isso, cerca de 13g.