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"As taxas de transmissão de HIV resistente nos países de baixa renda mais afetados pela síndrome aumentaram pouco, com um incremento de 2,8% na África Subsaariana e taxas inalteradas no Sul e Sudeste da Ásia, o que é uma boa notícia", afirmou o pesquisador. Mas "é inevitável que a transmissão do HIV resistente aumente, o que torna essencial manter-se vigilante para garantir um sucesso duradouro do tratamento antirretroviral de milhões de pessoas em todo o mundo", estimou.
Shafer acredita que esse fenômeno ocorre porque os tratamentos utilizados por pacientes de países pobres muitas vezes envolvem doses mais baixas e pela dificuldade de tomar os comprimidos diariamente. Os investigadores também determinaram que o número de mutações responsáveis %u200B%u200Bpela maioria dos casos de resistência viral é limitado. "Apenas uma pequena quantidade de mutações do HIV são responsáveis %u200B%u200Bpela maioria dos casos de resistência forte".
Shafer acredita que este trabalho poderá ajudar a desenvolver testes mais econômicos capazes de detectar mutações-chave do HIV, com o objetivo de determinar quais antirretrovirais fornecer aos pacientes ainda não tratados.
Desde 2003 a comunidade internacional tem feito progressos significativos na concretização do objetivo da ONU de permitir que pelo menos 15 milhões de pessoas HIV-positivas em países pobres e em desenvolvimento tenham acesso aos medicamentos antirretrovirais. Atualmente, estima-se que 12 milhões têm acesso.
Cerca de 60 instituições de pesquisa médica forneceram dados para este estudo.
Em 2013, 35 milhões de pessoas viviam com HIV, de acordo com dados da UNAIDS. Desde o início da epidemia, cerca de 78 milhões de pessoas foram infectadas e 39 milhões morreram de doenças relacionadas à aids. Desde 2001, o número de novas infecções caiu 38%.