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O estudo - publicado no Jornal da Associação Americana de Medicina (JAMA, na sigla em inglês) - desperta questões sobre a segurança deste medicamento, conhecido como finasterida e comercializado com os nomes de Propecia e Proscar.
Aprovada em 1992, a finasterida combate a calvície interferindo com a testosterona. O gigante farmacêutico Merck lista entre seus efeitos colaterais a redução da libido, a impotência e problemas na ejaculação, entre outros.
Além disso, o estudo de Belknap e de sua equipe mostra que estes efeitos secundários ainda não foram adequadamente estudados. "Nenhum dos 34 testes clínicos publicados fornecem informação adequada sobre a gravidade, frequência ou reversibilidade dos efeitos colaterais na sexualidade", informa o texto.
Isto deixa interrogações sobre o verdadeiro risco de sofrer efeitos colaterais sexuais, quanto podem durar, quão graves podem ser e se a função sexual pode voltar à normalidade depois de que seja interrompido o tratamento com a finasterida.
A maioria dos estudos existentes baseia suas conclusões sobre a segurança do medicamento após um ano de tratamento, embora cerca de um terço dos homens que o tomam continuam o tratamento por um período maior. "Se houver essa informação e ela não tiver sido incluída nos artigos publicados? E se estes testes clínicos foram feitos de tal forma que não capturaram estes dados básicos?" - questionou Belknap. "E, sobretudo: É aceitável a relação de risco/benefício da finasterida?".
O estudo liderado por Belknap se baseou em uma meta-análise que incluiu os dados de mais de 5.700 homens que tomaram finasterida, um remédio que foi inicialmente desenvolvido para tratar o aumento da próstata.
A Merck respondeu que "conduziu testes clínicos bem elaborados e apoia seus resultados, os quais foram enviados à FDA (agência americana que regula os medicamentos) e outras agências regulatórias do mundo".