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Cury explica ainda que, uma vez implantado, o balão tende a se “acomodar” no organismo. Quando o corpo finalmente se acostuma com o obstáculo, aprende a burlá-lo. Como consequência, o procedimento perde o efeito e o objeto precisa ser retirado. O novo modelo permite que os médicos “preencham” novamente o balão, renovando o tratamento. A reinsuflação pode ser feita de duas a três vezes. Apesar do termo “insuflação”, Fernão Cury explica que o balão não é preenchido com ar, mas com soro fisiológico e corante azul de metileno.
Eduardo Usuy Jr, gastroenterologista e diretor eleito da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, explica que o procedimento não é novo, mas só agora é feito no Brasil. “O balão foi desenvolvido na Europa e já usado clinicamente há mais de 6 anos em milhares de pacientes europeus”, comenta. Aqui, foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no fim do ano passado. Ainda de acordo com o médico, embora relativamente simples, o procedimento demanda atenção de várias especialidades médicas. “O paciente deve ser acompanhado com uma equipe multiprofissional, com nutricionista, psicólogo e educador esportivo, para mudar hábitos de vida”, frisa. Entenda a técnica: