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Para Edouard Tursan Espaignet, um funcionário da Organização Mundial de Saúde (OMS), "uma sessão de 'shisha' - outro nome para o cachimbo de água - pode ser equivalente a fumar de 20 a 30 cigarros. "Isto pode ser muito perigoso", declarou.
O narguilé, que até recentemente era fumado por homens mais velhos, tornou-se uma grande preocupação para o movimento anti-tabagista, na medida em que está se tornando cada vez mais popular nos campi universitários - o que significa um público mais jovem. O número de adeptos cresceu nos últimos anos nos Estados Unidos e na Europa. "Os jovens entre 18 e 24 anos, educados e urbanos" fumam cada vez mais narguilé, disse Gemma Vestal, que trabalha para a "Iniciativa para um Mundo Livre do Tabaco", um braço da OMS.
Segundo Ghazi Zaatari, da Faculdade de Medicina da Universidade Americana de Beirute, os sabores aromáticos adicionados ao tabaco oferecem aos jovens fumantes uma alternativa "mais suave" ao gosto do tabaco tradicional.
As empresas internacionais de tabaco estão investindo mais no nicho do cachimbo de água, de acordo com especialistas. Gemma Vestal adverte contra a grande quantidade de monóxido de carbono no narguilé. "Seus efeitos adversos incluem um impacto sobre o sistema respiratório, sistema cardiovascular, atividade e dentes oral", disse o estudo da OMS.
No entanto, a organização lamenta a falta de medidas tomadas pelos países para coibir o uso do narguilé, em comparação àquelas adotadas contra o cigarro.
Vistal observa, por exemplo, que o narguilé não é afetado pelas leis que impedem o fumo em recintos fechados.