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Mais de 10 mil pacientes em 20 países fizeram parte do estudo clínico randomizado controlado. Alguns pacientes que sofreram infarto fizeram apenas uma angioplastia, ou intervenção coronária percutânea, que abre uma artéria obstruída no coração usando um cateter balão.
Outros fizeram a angioplastia e uma trombectomia, na qual um cardiologista usa uma seringa amarrada a um tubo para criar sucção e remover um coágulo da artéria, mostraram os estudos.
O resultado não encontrou "benefícios na trombectomia, ou remoção do coágulo, e mostrou que pacientes enfartados que receberam o procedimento ficaram mais suscetíveis a sofrer um derrame", segundo a pesquisa.
Já que as diretrizes médicas atuais deixam a critério dos médicos a escolha de passar ou não pelo procedimento da seringa, os autores do estudo disseram esperar que a pesquisa acarrete numa mudança de hábitos.
"A mensagem deste estudo é que a trombectomia não deveria ser feita como um procedimento de rotina", disse Sanjit Jolly, líder do estudo, professor associado de medicina da escola de medicina Michael G. DeGroote, da universidade McMaster.
"Esta ainda é uma terapia importante, mas dados os efeitos colaterais negativos observados em nossa investigação, seu uso deveria ser seletivo e visto como uma medida quando uma angioplastia inicial falha em desobstruir uma artéria, mais do que uma estratégia de rotina".