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Para chegar a esses dados, os cientistas analisaram as células T no sangue e na pele de pacientes infectados. A maior parte abrigava um marcador da superfície da pele conhecido como antígeno, associado a linfócitos cutâneos (CLA). Ele serve como uma espécie de “CEP” para dirigir as células T circulantes para a pele — no local exato de entrada do vírus. De fato, as amostras de pele de pacientes com dengue revelou um maior número de células T específicas de dengue do que o encontrado no sangue. A análise das células T humanas que iniciam uma resposta imune ao vírus da dengue revela que essas células migram para a pele, onde o vírus é transmitido por mosquitos.
Os resultados sugerem que vacinas em desenvolvimento podem fazer bem ao imitar a resposta imune natural do corpo, visando a pele. Rivino explica que uma compreensão completa de como o sistema imunitário responde aos vírus permanece indefinida, o que prejudica os esforços para desenvolver uma vacina. “Mostramos que a infecção natural por dengue induz as células T específicas da pele que podem estar envolvidas na vigilância imunológica sobre infecções subsequentes.” Isso porque a eficácia protetora de células T específicas para o vírus também é determinada pela sua capacidade de ir para o local da infecção. “Esses resultados precisam de ser tomados em conta na concepção de novas vacinas”, completa.
O agente causador da dengue é um flavivírus transmitido por mosquitos que causa uma estimativa de até 390 milhões de infecções por ano, entre elas 100 milhões de casos sintomáticos. A infecção provoca um amplo espectro de manifestações clínicas, desde uma febre característica autolimitante até formas mais graves de dengue hemorrágica, com risco de vida e síndromes de choque da dengue, caracterizados por perda de plasma e manifestações hemorrágicas.