Saúde

Mobilização nas redes sociais faz Facebook retirar opção 'se sentindo gordo' de status

Ativistas classificaram a opção como 'autodestrutiva'. Abaixo assinado promovido pela ONG Endangered Bodies (Corpos Ameaçados) recebeu mais de 16 mil assinaturas

Correio Braziliense

Brasileiros também aderiram à campanha
Ser gordo não é um sentimento. Foi com essa máxima que o Facebook concordou na última terça-feira (10/3), quando resolveu retirar a opção "sentindo-se gordo" da rede social. A medida foi aplicada após uma longa campanha, promovida pela ONG Endangeres Bodies (Corpos Ameaçados). Segundo a página da organização, um abaixo assinado reuniu mais de 16 mil adesões desde o dia em que foi aberto, no fim do mês passado.

O Facebook argumentou, segundo o jornal Time, que eles decidiram remover o status de "sentindo-se gordo" após a declaração dos usuários de que a opção pode reforçar uma imagem negativa do corpo, especialmente para pessoas com problemas de desordem alimentar. Além desta opção, também foi removido o status de "sentindo-se feio".


Na página da ONG Endangered Bodies, de Nova Iorque, foi publicado um agradecimento a todos que participaram da campanha. "Nós esperamos continuar dialogando com o Facebook para apoiar os esforços que estão fazendo para ser uma plataforma positiva com o corpo, abrindo caminho para que outras redes sociais sigam o exemplo", diz a publicação. A página também compartilhou um vídeo explicando o porquê de a medida ser importante, com depoimentos de pessoas que tiveram ou presenciaram problemas com sobrepeso.




"Uma amiga minha se matou por se achar gorda, depois de alguns colegas da escola rirem dela", relata um depoimento da Áustria. Outro, dos Estados Unidos, diz: "Você não tem 'sentindo-se Judeu' ou 'sentindo-se com desordem de bipolaridade' como opção. Por que apenas com as pessoas gordas?" No fim, a organização agradece: "Obrigado, Facebook."

Ser gordo não é sentimento


No Brasil
Brasileiros também aderiram à campanha ao lado de Alemanha, Argentina, Austrália, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda e México. Na página em português, a organização também se manifestou: "Nós estendemos nossos agradecimentos às milhares de pessoas do mundo todo que assinaram a nossa petição, mostrando que cada voz em particular e todas as nossas vozes juntas puderam ser ouvidas e fizeram a diferença de forma positiva".