Saúde Plena

Conheça os hábitos que podem acelerar o processo de envelhecimento da voz

Da mesma forma que o restante do corpo, a voz sofre os efeitos do envelhecimento. Dos 25 aos 40 anos, o ser humano tem o auge da potência vocal. Depois desse período, alterações estruturais na laringe trazem impactos na produção do som, bem como o aparelho fonador tem uma redução na elasticidade dos tecidos. Há também um decréscimo da lubrificação das pregas vocais e na força muscular, algo que fica ainda mais evidente a partir dos 65 anos.


Fatores externos também entram na conta. Nas mulheres, o cigarro pode trazer como efeito uma voz mais grave. A menopausa, pelas alterações hormonais, também é capaz de acelerar a presbifonia. De acordo com a doutora em distúrbios da comunicação humana pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Silvia Pinho, são elas as que mais procuram os especialistas. A médica explica que, diante de tantas intervenções cirúrgicas para melhorar o visual, as mulheres querem também manter uma voz mais jovem. “Até cirurgiões plásticos encaminham pacientes para fazer esses exercícios, porque elas querem estética vocal melhor”, garante.

A médica diz que o trabalho de fonoterapia envolve exercícios de escala de graves e agudos. “É como se você fizesse uma ginástica na voz para fortalecê-la”, garante. Silvia explica que, apesar de o canto ser uma das melhores formas de conseguir uma melhoria, ele nunca deve ser a primeira opção caso a presbifonia já esteja estabelecida. “Antes, é preciso que seja feito todo o trabalho de fonoterapia. Somente depois dele é que indicamos as aulas de canto.”