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Algumas mulheres sentem a pele mais ressecada, outras reclamam de oleosidade. Seja qual for a mudança, Jorge Menezes, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e fundador da clínica Esthetic Care, recomenda tratamentos estéticos que protejam e revigorem o rosto e o corpo. Para retirar a camada superficial da pele que sofre com as alterações hormonais na gravidez, ele utiliza o peeling de diamante, com grãos e sementes de frutas, promovendo uma esfoliação sem danos. A limpeza de pele é indicada para grávidas com tendência à acne, já que remove cravos e impurezas. O especialista ainda sugere drenagens manuais para facilitar a chegada de nutrientes e oxigênio à pele. Assim, ela fica preparada para receber os cremes.
A fim de evitar danos ao bebê, Menezes lembra que as grávidas devem privilegiar produtos manipulados. Substâncias presentes em cremes industrializados, como os conservantes, podem ser prejudiciais. “Ao fazer limpeza, peeling e drenagem, a pele fica viçosa, mas também absorve mais o que se passa nela. Um produto químico pode passar para o sangue e chegar à placenta”, alerta. Segundo o cirurgião plástico, as gestantes também não devem usar soluções caseiras, como pasta d'água, vaselina, glicerina e óleo de amêndoa, sem orientação médica. Até porque existem hoje formulações especialmente voltadas para a gravidez, que potencializam o ganho de hidratação, elasticidade e rejuvenescimento. Menezes diz que quase sempre é possível manipular cremes com proteção solar, que podem servir até como base para a maquiagem.
Alguns cremes são formulados para combater as temidas estrias, que costumam incomodar as grávidas. Para isso, o cirurgião plástico foca o tratamento na barriga, que nem sempre está preparada para crescer tanto e em tão pouco tempo. Uma pele mais firme e hidratada mantém sua elasticidade e tende a desenvolver menos risquinhos, que surgem quando as fibras elásticas se rompem diante de um estiramento. Menezes até orienta as pacientes a prolongar o uso do creme depois do nascimento do bebê, para ajudar a pele a voltar ao normal. “Lembrando que o tratamento não evita o surgimento de estrias em mulheres que estão geneticamente programadas para desenvolvê-las. Ele pode minimizar os efeitos”, pontua.
O mesmo se aplica às manchas escuras comuns em grávidas, que aparecem na testa, nariz e bochechas. Não há como impedir o melasma, que se acentua com a exposição ao sol, já que a história familiar é parcialmente determinante. Nesse caso, Menezes esclarece que o tratamento não deve ser realizado durante gravidez nem no período de amamentação, pois os ácidos usados para clarear a pele podem prejudicar o bebê.
MASSAGEM PRÉ-NATAL
A fisioterapeuta do Pacific Spa Érika Rachid Martins de Souza trouxe de Nova York a massagem pré-natal, indicada para o alívio de dores. A ideia é trabalhar as articulações mais acometidas pelas mudanças fisiológicas da gravidez. O ombro, por exemplo, sofre com aumento da mama. Já a região lombar e o quadril sentem o peso da barriga e a alteração do centro de gravidade, enquanto o sacro, porção final da coluna, precisa se posicionar para permitir a passagem do neném. “Toda a preparação do corpo traz desconforto para a mãe. A técnica tem um foco bem diferente do que se está acostumado no Brasil: diminui as dores articulares e os níveis de estresse para que o bem-estar possa se refletir no desenvolvimento do bebê”, explica.
Em geral, a massagem pré-natal é combinada com sessões de drenagem linfática, um dos tratamentos estéticos mais procurados pelas gestantes brasileiras. A fisioterapeuta do Pacific Spa informa que essa técnica ajuda a diminuir o inchaço, muito comum no fim da gravidez, principalmente com altas temperaturas. A massagem estimula o sistema linfático a funcionar de forma mais eficiente, não deixando que o líquido se acumule nos tecidos com a dilatação dos vasos sanguíneos. “Se não houver contraindicação, a grávida pode fazer até no dia de ter o neném. O pós-parto também seria um momento interessante de receber a drenagem linfática, porque ajuda a desinchar mais rapidamente, mas sei que na prática fica difícil”, pondera.
Cansaço nas pernas
Aos quatro meses de gravidez, Flávia Amaral iniciou as sessões semanais de drenagem linfática. Ela ainda não se sentia inchada, mas pensava em prevenir qualquer incômodo. “Quero amenizar os impactos da gravidez. Como tenho medo de outras intervenções, senti confiança em fazer a massagem, porque não vai causar problema para o bebê”, justifica. Um mês depois, ela sente a diferença: além de proporcionar um momento de relaxamento, a técnica diminuiu o cansaço nas pernas. Flávia explica que a drenagem linfática faz parte dos planos para manter um peso saudável. Parece funcionar, porque até agora ela ganhou apenas quatro quilos.