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Cuidados adequados com os cadáveres altamente contagiosos de pacientes com ebola são fundamentais para evitar mais contaminação, que pode ocorrer durante o tradicional banho mortuário. A OMS também chamou a atenção dos centros de tratamento especializados em caso de sintomas, observando que mais de 40 novos casos confirmados de ebola só foram identificados nos dois países após a morte das pessoas infectadas em suas comunidades de origem.
"Essas pessoas não receberam o tratamento que poderia ter salvo suas vidas, e além disso outros membros da comunidade estiveram em perigo de exposição" ao ebola, apontou a agência da ONU. Segundo a OMS, o número de "incidentes de segurança" também aumentou na Libéria durante a semana passada depois de rumores de que o vírus estava nas seringas utilizadas para vacinações de rotina.
Até 15 de fevereiro, pelo menos 23.253 pessoas haviam sido infectadas com o ebola, dentre as quais pelo menos 9.380 morreram, em sua maioria em Serra Leoa, Guiné e Libéria, segundo dados oficiais, provavelmente, muito abaixo da realidade.
Na semana passada, a Guiné relatou 52 novos casos confirmados e Serra Leoa, 74, uma ligeira diminuição em ambos os países em relação à semana anterior. Libéria, que durante muito tempo foi o país mais afetado pela epidemia, relatou apenas dois novos casos.
A epidemia no oeste africano, a pior desde a identificação do vírus na África Central em 1976, teve início em dezembro de 2013, no sul da Guiné.
O vírus é transmitido pelo contato direto com fluidos corporais de pacientes com sintomas como febre, vômitos e sangramento.