A nova cepa do HIV foi descoberta por cientistas do Instituto de Medicina Tropical (IPK) de Havana e duas universidades da Bélgica, depois que os médicos deste centro cubano observaram que "alguns pacientes com HIV desenvolviam mais rapidamente a Aids que outros", destacou a TV local, citando especialistas dos dois países.
"Este estudo mostra pela primeira vez a associação de uma variedade do HIV que circula em Cuba, denominada CRF19, com a rápida progressão para a Aids", declarou à TV a virologista do IPK Vivian Kourí, que participou da pesquisa.
Kourí disse que a nova variedade do HIV, que pode levar à Aids "em menos de três anos" - o comum é que isto ocorra entre 8 e 10 anos -, é "a terceira em frequência" no seu país e afeta "entre 17% e 20%" dos infectados com o vírus.
A TV destacou que "a rápida progressão para a Aids da nova cepa aumenta o risco de os pacientes adoecerem mesmo antes de saber que estão infectados".
No entanto, Kourí explicou que nenhum dos infectados com a cepa CRF19 apresentou "uma resistência maior" ao tratamento com medicamentos retrovirais e que têm "a mesma possibilidade de que esta terapia "seja eficaz".
Em Cuba, com uma população de 11,1 milhões de pessoas, foram diagnosticados como soropositivas quase 22 mil pessoas desde que se reportou o primeiro caso de Aids em 1986 e "mais de 18.000 ainda vivem", segundo a TV local.