
saiba mais
-
Acidentes de trânsito, Aids e suicídio lideram as causas de morte entre pessoas com idade entre 10 e 19 anos
-
Comercial inovador paralisa o tempo segundos antes de acidente gravíssimo
-
Campanha com cenas fortes alerta para os perigos do uso do celular ao volante, veja
-
Spray de espuma e maquiagem excessiva no carnaval podem causar lesões nos olhos
Ele lembra que quando um carro se choca com outro, mesmo estando a velocidade reduzida, de 50 quilômetros por hora, por exemplo, um adulto de 60 quilos sentado sem cinto no banco de trás é lançado contra o passageiro da frente com tanta força que o impacto corresponde a mais de 1 mil quilos – o peso de um hipopótamo pequeno. No caso de uma criança de 20 kg sem cinto, o impacto que seu corpo causa contra o motorista é de 300 kg. Se a criança sobreviver, certamente terá sequelas. “O grande responsável por administrar o cinto, tanto para passageiros sentados na frente quanto atrás do veículo, é o motorista”, ressalta Vassalo.
Num acidente, o cinto pode ainda evitar trauma craniocefálico, que leva à perda momentânea da memória e, em casos graves, como a queda do veículo num rio ou diante de incêndio, impedem a vítima de sair do automóvel, já que ela fica desacordada. Em outra situação, a de um capotamento, tem efeito contrário, ao prender o passageiro ou motorista e evitar que ele seja lançado para fora. Se ejetado, as chances de morte aumentam em cinco vezes. Lesões causadas pela soma de velocidade, aceleração e impacto provocam, geralmente, fraturas nos ossos longos, como fêmur e úmero, e ferimentos torácicos graves que, muitas vezes, levam à fratura de costelas, cujos fragmentos podem perfurar órgãos vitais – entre eles, fígado e pulmão.
Vassalo destaca ainda que, no caso de crianças, o uso da cadeirinha é indispensável e uma obrigação dos adultos. Para meninos com peso inferior a 10 quilos, deve-se pôr o bebê conforto na posição invertida (contrária à marcha do veículo). Acima desse peso, o indicado é a cadeira com cinto de três pontos. “Queremos na campanha que o motorista tenha responsabilidade como um comandante de voo, ao conferir se todos estão com o cinto, que deve ser posto na garagem, antes de ligar o carro. Além disso, é importante que os condutores estejam sempre atentos, não se distraiam ao volante nem ingiram bebida alcoólica.”
DISTRAÇÃO
Levantamento da Sbot no Rio de Janeiro, onde foram pesquisados 5.728 veículos, e em São Paulo, onde a amostra foi de 5.082 automóveis, mostrou variação apenas na quantidade de motoristas que usavam o cinto. Entre os cariocas, o índice foi de 87% e entre os paulistanos, 96,5%. Outra pesquisa, nas mesmas cidades, revelou que, dos pedestres, 89% andam com celular, 66% confirmam que não param de usar o aparelho mesmo ao atravessar a rua e 74% costumam atravessar fora da faixa. Entre as causas de distração do motorista, que acabam em acidentes, 30% dos condutores entrevistados dizem que comem ou tomam água ou refrigerante enquanto dirigem, 43% deixam de olhar a rua enquanto trocam um CD ou a estação do rádio, 53% se distraem ao conversar com passageiros e um total de 84% confessam que dirigem falando ao celular.