Em 2015, cada país deveria fixar objetivos para a implementação de medidas preventivas, porque se não "milhões de vidas seriam perdidas novamente", completou Chan. No ano de 2000, 14,6 milhões de pessoas morreram prematuramente por causa de doenças não-transmissíveis, por falta de prevenção. Este número aumentou e passou a 16 milhões em 2012, segundo a OMS.
As mortes prematuras provocadas por estas doenças não-transmissíveis poderiam ser evitadas mediante políticas antifumo, antiálcool e em favor de atividades físicas e esportivas. A OMS encoraja sobretudo aos países de baixa renda a levar em frente essas políticas, já que as mortes causados por doenças não-transmissíveis são superiores às mortes por doenças infecciosas nessas nações.
Seis países registram um índice de mortes prematuras muito elevado: Afeganistão, Fiji, Uzbequistão, Cazaquistão, Mongólia e Guiana. Além disso, cerca de 75% de todas as mortes provocadas por doenças não-transmissíveis - no total, 28 milhões - ocorrem em países de baixa ou média renda.
Redução de mortes prematuras
A OMS lançou em 2013 um plano de ação para reduzir em 25% entre 2013 e 2020 o número de mortes prematuras. Alguns países já obtiveram resultados ao aplicar este plano. Sendo assim, na Turquia, o número de fumantes baixou em 13,4% entre 2008 e 2012, após o aumento do preço do tabaco e das advertências sobre os riscos do tabaco nos pacotes de cigarros.
O consumo de bebidas açucaradas teve queda de 30% em média na Hungria, que alertou sobre os riscos do açúcar para a saúde. Argentina, Brasil, Chile, Canadá, México e Estados Unidos lançaram campanhas para reduzir a quantidade de sal nos alimentos.
Segundo a OMS, os custos das campanhas para reduzir as mortes prematuras são de 11,2 bilhões de dólares por ano, isto é, um investimento anual de 3 dólares por pessoa. As doenças não-transmissíveis são as doenças cardíacas, o câncer, as doenças pulmonares, respiratórias e o diabetes.
O fumo mata 6 milhões de pessoas por ano, o álcool 3,3 milhões, a falta de exercício físico 3,2 milhões e o excesso de sal na alimentação 1,7 milhões. A OMS se preocupa também com a obesidade nas crianças, que desenvolvem doenças cardiovasculares, relacionadas com a hipertensão ou a artrose. Atualmente 42 milhões de crianças com menos de cinco anos são obesas no mundo.