O resultado foi obtido pela psicóloga Élide Dezoti Valdanha em estudo realizado com seis famílias de pacientes diagnosticados com AN em tratamento no Grupo de Assistência em Transtornos Alimentares (Grata) do hospital. Élide trabalhou com três gerações de mulheres (avós, mães e filhas) e observou que os “padrões distorcidos” eram transmitidos na maneira como as mães exercem os cuidados maternos “cheios de conflitos e ambivalência afetiva”.
Eram cuidados primordialmente associados aos afazeres domésticos (cozinhar, lavar, passar roupa) e “cuidados concretos com o lar” (além da limpeza, aspectos financeiros e administrativos). Élide observou que esses cuidados eram valorizados em detrimento do cuidado emocional. Para ela, ficou nítido que as mães analisadas cuidam de seus filhos do modo com foram cuidadas.