Quais os cuidados que devemos ter na hora de resgatar animais na rua? É melhor agir ou esperar socorro? O que fazer depois de resgatar o animal? Alguns cuidados são necessários, mas não existem muitos segredos.
Quando vemos um animal abandonado na rua, a intenção de muitos é resgatar. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados antes de agir. Muitos bichos que estão nessa situação já passaram por algum trauma — foram abandonados ou estão há muitos dias sem água e comida ou ainda podem ter sofrido um acidente. Por isso, é necessário cautela. Qualquer um, porém, pode fazer o resgate, desde que fique atento a alguns detalhes, como o uso de luvas e equipamentos de proteção para não se machucar nem o animal que está sendo ajudado.
Logo depois, é preciso levar o pet a um veterinário para realizar exames. Mesmo que pareça ileso, ele pode estar com hemorragias ou outros problemas que só serão descobertos em uma consulta médica. A taxidermista Eliane Zanetti, dona de um abrigo de animais há oito anos, explica que pets encurralados podem machucar as pessoas. “Eles vão tentar se defender e, por isso, é preciso ter equipamento para o resgate.” Eliane recomenda o uso de luvas para evitar mordidas de cachorros e arranhões de gatos.
De acordo com a administradora Daniela Nardelli, 42 anos, o essencial na hora de resgatar é ter atitude. Afinal, a decisão de ajudar o animal vai ser a diferença entre a vida e a morte dele. Ela ressalta que qualquer pessoa pode resgatar, o importante é não esperar muito. “Nós, que somos protetores de animais, temos também uma vida comum. Temos família, trabalho, mas disponibilizamos um pouco do nosso tempo para fazer o mundo um pouco melhor.”
Daniela e um grupo de amigas fazem parte de uma ONG que resgata animais na rua, cuida e os prepara para adoção. Os bichos resgatados passam por um período de observação de 21 dias, depois são vacinados e castrados para participarem da feira de adoção. Mas a chácara que recebe os animais não funciona como um abrigo. Daniela explica que o principal problema é a superlotação.
A professora Mariana Letti, 32 anos, tem, em casa, dois cães, que foram resgatados, além de um gato, que adotou em uma feira, e uma cadela schipperke, que ganhou de presente. O primeiro animal, ela teve que comprar para salvá-lo, pois ele estava muito doente e à venda em uma feira. O segundo, ela encontrou na rua e também pegou para cuidar. No segundo caso, Mariana conta que fez campanha nas redes sociais e colou cartazes na cidade, pois achava que o animal tinha um dono. No entanto, depois de seis meses, ela ficou com a mascote. “Eu não tinha a intenção de ficar com eles no início, mas, depois de cuidar e me apegar, não consegui doar mais.” A professora conta que, nas duas ocasiões, não tinha conhecimento de como resgatar animais e fez tudo com a intuição.
O funcionário da Embaixada da Bélgica Marcelo Cataldi, 31 anos, está com um gato em casa para adoção. Ele e a mulher resgataram o animal depois de vê-lo chorando do lado de fora de um supermercado na Asa Norte. Ele levou o bichano para o veterinário, arcou com os custos e, agora, está à procura de alguém para adotá-lo. “Já tenho dois gatos em casa, por isso não posso ficar com ele”, explica. Marcelo fez campanha na internet, mas ainda não encontrou um lar para o felino.
Nesses casos, Daniela Nardelli recomenda que as pessoas mobilizem os grupos de amigos e os familiares para que eles façam doações e paguem custos de tratamento, além de arranjar um lar provisório para o animal. “As redes sociais também ajudam muito”, destaca.
Em casos de resgate de filhotes, a atenção deve ser redobrada. Eliane Zanatti comenta que as mães se tornam mais perigosas porque querem defender suas crias. “Elas não entendem que estão sendo resgatadas”, explica. Por isso, é recomendado usar uma caixa para colocar os filhotes e deixar que a mãe chegue para amamentá-los.
"Nós que somos protetores de animais temos também uma vida comum. Temos família, trabalho, mas disponibilizamos um pouco do nosso tempo para fazer o mundo um pouco melhor.” Daniela Nardelli, administradora
Quando vemos um animal abandonado na rua, a intenção de muitos é resgatar. No entanto, é preciso tomar alguns cuidados antes de agir. Muitos bichos que estão nessa situação já passaram por algum trauma — foram abandonados ou estão há muitos dias sem água e comida ou ainda podem ter sofrido um acidente. Por isso, é necessário cautela. Qualquer um, porém, pode fazer o resgate, desde que fique atento a alguns detalhes, como o uso de luvas e equipamentos de proteção para não se machucar nem o animal que está sendo ajudado.
Logo depois, é preciso levar o pet a um veterinário para realizar exames. Mesmo que pareça ileso, ele pode estar com hemorragias ou outros problemas que só serão descobertos em uma consulta médica. A taxidermista Eliane Zanetti, dona de um abrigo de animais há oito anos, explica que pets encurralados podem machucar as pessoas. “Eles vão tentar se defender e, por isso, é preciso ter equipamento para o resgate.” Eliane recomenda o uso de luvas para evitar mordidas de cachorros e arranhões de gatos.
De acordo com a administradora Daniela Nardelli, 42 anos, o essencial na hora de resgatar é ter atitude. Afinal, a decisão de ajudar o animal vai ser a diferença entre a vida e a morte dele. Ela ressalta que qualquer pessoa pode resgatar, o importante é não esperar muito. “Nós, que somos protetores de animais, temos também uma vida comum. Temos família, trabalho, mas disponibilizamos um pouco do nosso tempo para fazer o mundo um pouco melhor.”
Daniela e um grupo de amigas fazem parte de uma ONG que resgata animais na rua, cuida e os prepara para adoção. Os bichos resgatados passam por um período de observação de 21 dias, depois são vacinados e castrados para participarem da feira de adoção. Mas a chácara que recebe os animais não funciona como um abrigo. Daniela explica que o principal problema é a superlotação.
A professora Mariana Letti, 32 anos, tem, em casa, dois cães, que foram resgatados, além de um gato, que adotou em uma feira, e uma cadela schipperke, que ganhou de presente. O primeiro animal, ela teve que comprar para salvá-lo, pois ele estava muito doente e à venda em uma feira. O segundo, ela encontrou na rua e também pegou para cuidar. No segundo caso, Mariana conta que fez campanha nas redes sociais e colou cartazes na cidade, pois achava que o animal tinha um dono. No entanto, depois de seis meses, ela ficou com a mascote. “Eu não tinha a intenção de ficar com eles no início, mas, depois de cuidar e me apegar, não consegui doar mais.” A professora conta que, nas duas ocasiões, não tinha conhecimento de como resgatar animais e fez tudo com a intuição.
O funcionário da Embaixada da Bélgica Marcelo Cataldi, 31 anos, está com um gato em casa para adoção. Ele e a mulher resgataram o animal depois de vê-lo chorando do lado de fora de um supermercado na Asa Norte. Ele levou o bichano para o veterinário, arcou com os custos e, agora, está à procura de alguém para adotá-lo. “Já tenho dois gatos em casa, por isso não posso ficar com ele”, explica. Marcelo fez campanha na internet, mas ainda não encontrou um lar para o felino.
Nesses casos, Daniela Nardelli recomenda que as pessoas mobilizem os grupos de amigos e os familiares para que eles façam doações e paguem custos de tratamento, além de arranjar um lar provisório para o animal. “As redes sociais também ajudam muito”, destaca.
Em casos de resgate de filhotes, a atenção deve ser redobrada. Eliane Zanatti comenta que as mães se tornam mais perigosas porque querem defender suas crias. “Elas não entendem que estão sendo resgatadas”, explica. Por isso, é recomendado usar uma caixa para colocar os filhotes e deixar que a mãe chegue para amamentá-los.
"Nós que somos protetores de animais temos também uma vida comum. Temos família, trabalho, mas disponibilizamos um pouco do nosso tempo para fazer o mundo um pouco melhor.” Daniela Nardelli, administradora