“No mundo das crianças, mulheres não apanham”. A frase do menino italiano Alessandro, de seis anos, deveria valer não só para o mundo das crianças, mas a realidade não é bem assim. Uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
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Nos três minutos de vídeo, um locutor entrevista meninos italianos, de idade entre seis e 11 anos, em uma rua movimentada. As primeiras perguntas são referentes a quem eles são e o que querem ser. Policial, pizzaiolo, jogador de futebol, bombeiro, padeiro, respondem os meninos.
Em seguida, a menina Martina é introduzida. Pouco mais velha que os meninos, ela não fala nada, só é objeto das perguntas do narrador. “O que você gosta nela?”, “faça carinho nela”, “faça uma careta para ela”, todos os pedidos são atendidos e respondidos frequentemente com risadas e bom humor, de ambos os lados. Martina recebe elogios e até um pedido de namoro.
O último pedido muda tudo. “Bata nela”, pede o narrador. A pergunta é repetida duas, três vezes. Todos os meninos ficam chocados e a resposta é unânime: não. “Você não deve bater em garotas”, diz um dos meninos. “Jesus não quer que a gente bata nos outros”, diz outro. “Porque eu sou contra a violência”, responde um garoto. “Em primeiro lugar, eu não posso bater nela, porque ela é bonita, e ela é uma menina e, como diz o ditado: garotas não devem apanhar, nem mesmo com uma flor”, afirma um dos mais velhos. “Por quê?”, contesta um dos entrevistados. “Porque sou um homem”, completa.
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