Em entrevista ao jornal La Segunda, Molina declarou que "em todas as clínicas cuicas (da elite) as famílias conservadoras realizam abortos em suas filhas". Molina é a primeira ministra do governo de Michelle Bachelet a abandonar o cargo, dez meses após a posse da presidente socialista.
O Chile é um dos poucos países do mundo onde o aborto segue proibido, sob qualquer forma.
Bachelet prometeu enviar até o final do ano um projeto de lei que prevê a autorização para abortar em caso de estupro, risco de vida para a mãe e inviabilidade do feto.
Na entrevista, Molina garantiu que o projeto será enviado ao Congresso em meados de janeiro.
Até 1989 e por mais de 50 anos, o aborto foi permitido no Chile em casos de risco de morte para a mãe ou inviabilidade do feto, mas antes de deixar o poder, o então ditador Augusto Pinochet proibiu a prática.