Quem vai à academia regularmente já deve ter percebido dois pontos extremos: aqueles que estão com roupas das melhores marcas e impecáveis em seus tênis de última geração e aqueles que, entre uma camisa polo e uma par de meias sociais, parecem ter saído do trabalho direto para a esteira. A maioria dos que buscam o exercício, claro, estão no meio-termo no que toca à escolha das vestimentas, procurando conforto e alguma elegância.
Longe de ser apenas uma questão de estilo, saber escolher o que vestir na hora de praticar exercícios influencia a performance do aluno. “A roupa precisa ser adequada porque o corpo, quando em atividade física, terá um aumento de temperatura. A pessoa sua mais e uma roupa ideal deve existir para não atrapalhar”, explica o profissional de educação física Cleiton Mod. Apesar de não trazer riscos graves aos alunos, o uso de peças inadequadas pode, sim, causar uma limitação na qualidade do que é feito.
A porta-voz Gabriela Batista, 30 anos, tende sempre para o conforto. “Sou desprendida porque acredito que a academia é um espaço onde você cuida do seu bem-estar. O esporte é uma questão de saúde, então devemos usar roupas que nos deixem à vontade”, defende. Ela acredita que o problema está nos extremos — melhor buscar um equilíbrio. “É preciso ter flexibilidade. Por isso, é importante escolher a roupa e os tênis adequados para não trazer problemas. Comprar uma roupa confortável é um investimento válido.”
De acordo com a presidente do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal (CREF-DF), Cristina Calegaro, o investimento das empresas esportivas em desenvolver peças que assegurem o alto rendimento dos atletas é a prova de que isso faz diferença. “Basta ver o quanto as peças de natação evoluíram. Porém, não há estudos que comprovem se o uso de roupas que não são consideradas adequadas pode causar lesões”, pondera.
Existem exemplos óbvios das limitações causadas por uma roupa mal escolhida, como uma caminhada ao sol feita com uma camiseta preta de algodão. “Esse tecido tende a absorver o suor, mantendo a peça encharcada, o que pesa e pode deixar a pessoa com frio. Isso pode atrapalhar”, afirma Cleiton Mod. O profissional lembra também que não é possível deixar de lado os gostos pessoais de cada um: o que é confortável para alguém pode não ser para outro.
“Para um aluno iniciante, que tem intensidade baixa de treinamento, uma roupa inadequada não chegará a atrapalhar. Cabe a nós orientá-lo sobre isso. Há, porém, pessoas que gostam de malhar de calça, outras de bermuda, outras com mais roupa, outras com camisetas bem cavadas. Geralmente, a roupa fará mesmo diferença com o aumento da intensidade do exercício”, detalha Cleiton. Malhando há 15 anos, a servidora pública Michelle Tiecher, 29, diz que sempre se preocupou com a escolha, principalmente para encontrar peças que consigam se modelar ao corpo, permitindo movimentos mais livres.
“Isso é importante para que a gente consiga fazer as posições dos exercícios de forma correta”, justifica Michelle. A qualidade das peças, é claro, tem um custo. “O gasto vale a pena porque sinto que isso melhora. Costumo comprar novas peças de três em três meses”, revela a servidora. Gerente de uma loja especializada em moda fitness, Adailma Mesquista assegura que a maior procura hoje é por modelos estampados. “As lisas marcam mais, mostram as imperfeições”, diz.
Adailma frisa que, hoje em dia, praticamente nenhuma mulher usa sutiã na academia, preferindo o top, mais indicado para não forçar os seios. “Eles também fogem do algodão, que não só absorve o suor como permite proliferação das bactérias. Os novos tecidos, além de ajudar na evaporação, passam por tratamento antibacteriano.” Cristina Calegaro resume assim a questão: “A roupa que você usa na academia tem de permitir a amplitude do movimento. Isso não pode ser negado. E, claro, sempre limpa e cheirosa”.
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A porta-voz Gabriela Batista, 30 anos, tende sempre para o conforto. “Sou desprendida porque acredito que a academia é um espaço onde você cuida do seu bem-estar. O esporte é uma questão de saúde, então devemos usar roupas que nos deixem à vontade”, defende. Ela acredita que o problema está nos extremos — melhor buscar um equilíbrio. “É preciso ter flexibilidade. Por isso, é importante escolher a roupa e os tênis adequados para não trazer problemas. Comprar uma roupa confortável é um investimento válido.”
De acordo com a presidente do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal (CREF-DF), Cristina Calegaro, o investimento das empresas esportivas em desenvolver peças que assegurem o alto rendimento dos atletas é a prova de que isso faz diferença. “Basta ver o quanto as peças de natação evoluíram. Porém, não há estudos que comprovem se o uso de roupas que não são consideradas adequadas pode causar lesões”, pondera.
Existem exemplos óbvios das limitações causadas por uma roupa mal escolhida, como uma caminhada ao sol feita com uma camiseta preta de algodão. “Esse tecido tende a absorver o suor, mantendo a peça encharcada, o que pesa e pode deixar a pessoa com frio. Isso pode atrapalhar”, afirma Cleiton Mod. O profissional lembra também que não é possível deixar de lado os gostos pessoais de cada um: o que é confortável para alguém pode não ser para outro.
“Para um aluno iniciante, que tem intensidade baixa de treinamento, uma roupa inadequada não chegará a atrapalhar. Cabe a nós orientá-lo sobre isso. Há, porém, pessoas que gostam de malhar de calça, outras de bermuda, outras com mais roupa, outras com camisetas bem cavadas. Geralmente, a roupa fará mesmo diferença com o aumento da intensidade do exercício”, detalha Cleiton. Malhando há 15 anos, a servidora pública Michelle Tiecher, 29, diz que sempre se preocupou com a escolha, principalmente para encontrar peças que consigam se modelar ao corpo, permitindo movimentos mais livres.
“Isso é importante para que a gente consiga fazer as posições dos exercícios de forma correta”, justifica Michelle. A qualidade das peças, é claro, tem um custo. “O gasto vale a pena porque sinto que isso melhora. Costumo comprar novas peças de três em três meses”, revela a servidora. Gerente de uma loja especializada em moda fitness, Adailma Mesquista assegura que a maior procura hoje é por modelos estampados. “As lisas marcam mais, mostram as imperfeições”, diz.
Adailma frisa que, hoje em dia, praticamente nenhuma mulher usa sutiã na academia, preferindo o top, mais indicado para não forçar os seios. “Eles também fogem do algodão, que não só absorve o suor como permite proliferação das bactérias. Os novos tecidos, além de ajudar na evaporação, passam por tratamento antibacteriano.” Cristina Calegaro resume assim a questão: “A roupa que você usa na academia tem de permitir a amplitude do movimento. Isso não pode ser negado. E, claro, sempre limpa e cheirosa”.