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O ortopedista Julian Machado conta que a rápida popularização da modalidade trouxe casos para seu consultório. Geralmente, são vítimas da prática sem supervisão. “Por ser uma atividade que exige muito, é recomendável que a pessoa já tenha algum condicionamento antes de começar”, esclarece o médico. Isso não significa que a atividade é restrita. “Se a pessoa não estiver preparada, ela precisa começar pegando bem leve e com acompanhamento”, enfatiza.
O especialista explica que a probabilidade de lesão está relacionada à ênfase do crossfit nas alavancas corporais. As principais áreas de atenção são a coluna e as articulações, como o joelho e os ombros. “É nessa hora que entra o profissional de educação física, para avaliar a postura, a posição do aparelho e o tempo de execução”, diz Julian.
O personal trainer Vitor Riveira, 29 anos, atribui o sucesso do crossfit nas academias ao dinamismo da aula e à diversidade de acéssorios, como cordas, argolas e pesos. “Os alunos acham mais divertido”, resume. O personal recomenda que a pessoa tenha confiança no instrutor na hora de praticar a atividade. “O bom profissional vai saber alinhar o aluno iniciante e o avançado, para que ambos possam participar da aula sem se machucar”, afirma.
A empresária Iara Júlio, 32 anos, conta que largou a musculação convencional assim que descobriu o crossfit. “É uma atividade que te leva ao extremo”, conta. Ela nunca sofreu lesões, e acredita que é por causa do cuidado que os profissionais têm durante a aula. Enfim, não é preciso ter medo de praticar. O ortopedista Julian Machado explica que a prática traz ganho muscular acentuado, consome muitas colorias e ajuda pessoas que estão tentando substituir massa magra por músculo.