Serra Leoa anunciou, nesta terça-feira, ter decidido colocar em quarentena o distrito de Tonkolili (centro), onde a população é estimada em cerca de 400.000 habitantes, para conter a propagação da doença. A medida, com duração de duas semanas, deverá ser suspensa em 15 de dezembro.
Tonkolili se soma, assim, a outros cinco distritos serra-leoneses mantidos em quarentena por tempo indeterminado desde 25 de dezembro: Port Loko (norte), Bombali (norte), Moyamba (sul), Kenema e Kailahun (leste), no epicentro da epidemia no país.
Veja os dados atualizados:
PAÍSES PARTICULARMENTE AFETADOS: LIBÉRIA, GUINÉ E SERRA LEOA
A epidemia, a mais grave desde que o vírus foi identificado, em 1976, surgiu na Guiné no fim de dezembro de 2013. Em 30 de novembro, havia o registro neste país de 1.327 mortos em 2.164 casos.
Na Libéria, foram contabilizados até 28 de novembro 3.145 mortos sobre 7.635 casos.
Em Serra Leoa, a OMS contabilizou até 30 de novembro 1.583 mortos em 7.312 casos registrados.
No Mali, o último país afetado pelo vírus, a OMS registrou 8 casos que provocaram 6 mortes.
O balanço na Nigéria e no Senegal não mudou depois de dois meses, com 20 casos registrados entre eles 8 fatais na Nigéria e um caso no Senegal, o de um estudante guineano cuja cura foi anunciada pelas autoridades em 10 de setembro. Estes dois países foram retirados da lista daqueles afetados pela epidemia.
FORA DA ÁFRICA
Nos Estados Unidos, segundo boletim divulgado até 16 de novembro, quatro casos foram registrados, mas apenas um paciente liberiano, que tinha voltado de seu país, morreu vítima da doença. Um dia depois, em 17 de novembro, no entanto, um médico serra-leonês evacuado para os Estados Unidos, faleceu.
Nesta terça-feira, a Espanha foi declarada livre do vírus pela OMS depois de 42 dias sem o registro de novas contaminações.
A Espanha teve um caso de infecção, uma auxiliar de enfermagem que cuidou de dois missionários contaminados e repatriados a Madri, onde morreram em agosto e setembro. A enfermeira foi declarada curada posteriormente.