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Estas propriedades anticancerígenas dos bifosfonatos, comercializados, entre outros, sob os nomes de Fosamax e Zometa, já tinham sido observadas entre mulheres afetadas por tumor de mama.
Também foi constatado que os pacientes que ingerem bifosfonatos por via oral para tratar a osteoporose tinham incidência menor de câncer de cólon e de mama, o que mostra os efeitos profiláticos do tratamento.
"Nossa pesquisa identificou um mecanismo que poderia permitir usar os bifosfonatos para tratar e prevenir grande quantidade de casos de câncer de pulmão, mama e cólon, cuja agressividade é alimentada pelo receptor HER", explicou o professor Mone Zaidi, da Faculdade de Medicina Monte Sinai, em Nova York, e membro da equipe internacional que publicou o trabalho nos Anais da Academia Americana de Ciências (PNAS).
Se os testes clínicos confirmarem os efeitos anticancerígenos dos bifosfonatos, estes tratamentos logo poderiam ser usados porque já estão aprovados pela FDA - a agência americana que controla remédios - e mostrou há tempos sua eficácia e segurança para prevenir e tratar a osteoporose.
Os bifosfonatos poderiam constituir um importante aporte ao arsenal terapêutico usado para combater os cânceres de pulmão, cólon e mama, dos quais 30%, 90% e 20% são, respectivamente, portadores da mutação HER.
Estes tumores costumam se tornar resistentes aos tratamentos atuais.