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Segundo o Inca, as regiões que mais conseguiram conter os diferentes tipos de câncer foram o Sudeste, o Sul e o Centro-oeste. Por outro lado, a taxa de mortalidade no Norte e Nordeste aumentou. O instituto atribui a subida à melhora na coleta de dados.
Os tipos de câncer que mais levam à morte no Brasil continuam sendo os de traqueia, brônquio e pulmão; estômago, cólon e reto (conhecido por câncer de intestino), próstata, mama, além de câncer de colo de útero.
Estômago foi o que apresentou a maior diminuição na variação percentual anual de 2003 a 2012 no Brasil: queda de 2,95% entre os homens e 2,49% entre as mulheres. Esta redução se deve à melhoria nas condições de saneamento básico e conservação de alimentos no Brasil. Os avanços na cobertura de saneamento reduziram a prevalência de infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H pylori), maior fator de risco para o desenvolvimento do câncer de estômago. O aumento do uso de refrigeradores permitiu uma melhor conservação alimentar e a disponibilidade e consumo de alimentos frescos, como frutas e hortaliças (legumes e verduras), e reduziu a necessidade do uso de sal, particularmente de alimentos conservados no sal.
O câncer da mama apresentou variação percentual anual na década próxima da estabilidade (-0,01%), enquanto a variação foi negativa para o câncer de próstata (-0,39%) e colo do útero (-1,62%). Nos três casos, as reduções poderiam ter sido mais significativas, caso não houvesse a discrepância nas estatísticas das regiões Norte e Nordeste. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste verificou-se, por exemplo, uma diminuição de mais de 3% ao ano nas taxas de mortalidade por câncer de colo do útero.
Entre os tipos de câncer de maior mortalidade, intestino foi o único que apresentou aumento na variação percentual anual de 2003 a 2012 para os dois sexos: +1,64 entre os homens e +0,37% entre as mulheres. O principal motivo para elevação das taxas, segundo os técnicos do INCA, é o aumento da obesidade na população brasileira.
Câncer de pulmão apresentou uma diminuição na variação percentual anual entre os homens de 1,65% e aumento entre as mulheres de 1,47%. A mortalidade entre os homens continua maior do que entre as mulheres, mas as curvas estão se aproximando. A mortalidade por câncer de pulmão reflete um padrão de tabagismo de duas a três décadas atrás em função da latência característica da doença.