

Agora, Juliana de Faria, fundadora do Think Olga, se junta a outras três mulheres, Amanda Kamanchek, Camila Biau e Fernanda Frazão, para realizar um documentário que vai mostrar a faces do assédio sexual no país. A ideia é que, durante o trajeto diário de casa até o trabalho, algumas mulheres utilizem óculos com uma microcâmera escondida e filmem o que consideram o local e o momento mais crítico do assédio em suas rotinas. Minas Gerais está incluída nas gravações, apesar de a cidade ainda não ter sido escolhida. Segundo, Juliana de Faria, as páginas Think Olga e Chega de Fiu Fiu farão um chamado para escolher as voluntárias.
Para que o filme seja realizado, o quarteto inscreveu o projeto no Catarse, uma ferramenta de financiamento coletivo, para conseguir R$ 80 mil. Em menos de um dia, a primeira meta, que era de R$ 20 mil, foi arrecadada e motivo de comemoração na página Think Olga: “Nosso financiamento coletivo para o documentário Chega de Fiu Fiu foi o 4º projeto que mais arrecadou nas primeiras 24 horas de existência em toda a história do Catarse (e o 1º no ranking da categoria Cinema & Vídeo). (...) Um projeto FEMINISTA, que luta contra a violência contra a mulher. Um projeto que oferece pouquíssimas recompensas materiais para os doadores. Um projeto que está sendo apoiado pela urgência que o assunto - assédio sexual - merece ser debatido e solucionado”.
Assista ao vídeo de divulgação da campanha:
Na página do projeto no Catarse, o grupo define como assédio sexual “a manifestação de cunho sensual ou sexual alheia à vontade da pessoa a quem se dirige. Quando realizada no ambiente de trabalho por uma pessoa de nível hierárquico superior, é crime. Em outros locais, a lei não possui dispositivos específicos de repressão. Isso não significa, porém, que o assédio sexual cometido nas ruas não acarrete danos físicos, psicológicos ou morais às vítimas”.
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