Os esforços para reduzir a mortalidade infantil revelaram causas de mortes que "permaneciam ocultas", destaca a doutora Margaret Chan, diretora-geral da OMS. "O afogamento é uma delas. É uma forma de morrer que pode ser evitada. Os governos nacionais e locais devem implantar iniciativas para aplicar as simples medidas de prevenção, articuladas pela OMS".
Mais de 90% dos afogamentos ocorrem em países com renda baixa e média, e as maiores taxas são observadas nas regiões da África, do sudeste asiático e do Pacífico ocidental. Nestas duas últimas regiões ocorrem mais da metade dos afogamentos.
Na África, são registradas taxas de mortalidade por afogamento de 10 a 13 vezes superiores que a de países europeus, como Reino Unido e Alemanha.
As autoridades locais deveriam, entre outras coisas, instalar barreiras para controlar o acesso à água, ensinar fundamentos de natação às crianças e noções de salvamento aos adultos, recomendou a OMS. Em nível estadual, a organização pede o estabelecimento de regras mais rigorosas para o transporte fluvial de passageiros.
Os países ricos não estão livres deste problema. Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que os afogamentos no litoral custem 273 milhões de dólares por ano, segundo a OMS.